Para Jaques Wagner, eleição indireta não resolve o problema do Brasil, que continua na crise

Wagner comenta cenário político. Foto: Gledson Moreira/BMF

O ex-governador da Bahia e ex-ministro de Dilma, Jaques Wagner, falou ao Blog Marcos Frahm sobre o cenário atual da política nacional e revelou ser contra a realização de eleições indiretas, tendo inclusive sinalizado ser favorável a permanência de Michel Temer na Presidência da República, sob a justificativa de que o peemedebista tem mais legitimidade para continuar no cargo do que qualquer nome escolhido em um processo de eleições indiretas, mas sem esconder o desejo de ”Diretas Já”. ”Só tem três caminhos, ou ele [Michel Temer] renuncia, mas já disse que não vai fazer isso, vamos esperar o julgamento da chapa ou se tiver um processo de impeachment. Eu tô preocupado, porque eu acho que, mesmo que ela saia, outro presidente pela via indireta, em minha opinião não vai solucionar o problema do país. Se ele [Temer] sair, o que tem que ser feito é antecipar as eleições de 2018 para 2017, com a realização de uma eleição com mandato de cinco anos, sem reeleição e com algumas mudanças para melhorar o sistema político. O país vive crise institucional, crise financeira, crise política e toda essa situação se agravou com as denúncias contra o presidente golpista. Se o Brasil tiver agora outro presidente, sem a chancela do povo, ele não terá força necessária para fazer as mudanças que esse país precisa”, opinou Wagner. O petista disse que espera uma rápida definição do julgamento da chapa Dilma Temer, marcado para esta terça-feira (6/6), pelo Tribunal Superior Eleitoral – TSE. Atualmente no cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Econômico da Bahia, chefiado pelo governador Rui Costa, seu sucessor, Jaques Wagner foi enfático ao destacar o desempenho de Rui como chefe do Executivo baiano.  ”Fico feliz com o sucesso do governo. Eu me orgulho muito por ter começado um projeto e ele [Rui Costa] ter tido a sabedoria e a sensibilidade de dar continuidade e até de ampliar o nosso trabalho. Com todas as dificuldades que são impostas hoje aos estados e municípios o governador Rui tem tido uma decisão e uma firmeza muito grande para tocar as coisas, diferentemente de outros estados, onde os salários são pagos de forma parcelada” disse.