Reeleição na Câmara: 19 dos 21 vereadores buscam continuidade do mandato em Vitória da Conquista

A maioria dos vereadores de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, vão buscar a reeleição nas eleições municipais. Um levantamento produzido pelo Bahia Notícias mostra que, após mudanças nas filiações e partidos, 19 dos 21 vereadores eleitos em 2020 estão buscando um novo mandato na Câmara Municipal de Vitória da Conquista.

Os edis que optaram por não concorrer ao cargo para 2025, foram a dupla Lúcia Rocha (MDB) e Delegado Marcus Vinícius (Podemos), que concorrem juntos numa chapa à Prefeitura da Suíça Baiana. Os candidatos a prefeita e vice, respectivamente, vão enfrentar a atual prefeita Sheila Lemos (União) e seu vice, Dr. Aloísio Alan (PDT); e o deputado federal Waldenor Pereira (PT) e sua vice, a advogada Luciana Silva (PSB), nas urnas no  próximo domingo (6).

Chama atenção, considerando o pleito de 2020, que apenas 9 dos 21 candidatos vieram de uma eleição prévia em 2016. O cenário atual, que conta com 380 candidatos para 21 vagas, pode apontar para uma possível renovação.

No que diz respeito às filiações partidárias, o União Brasil conseguiu conquistar parte dos vereadores, a maioria regressa do MDB, e hoje conta com quatro candidatos à reeleição, juntamente com o PT, que era maioria em 2020. O PCdoB, segue na terceira posição, com 3 candidatos. As informações são do site Bahia Notícias. Confira o panorama completo:

Financiamento público de campanhas foi erro e escancarou caixa 2, diz líder do governo, Randolfe Rodrigues

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) mudou de opinião. Líder do governo no Congresso, o parlamentar disse à reportagem que a decisão de financiar campanhas eleitorais com dinheiro público “foi um erro” e acabou escancarando o uso do caixa dois com dinheiro privado.

Randolfe afirmou que quer iniciar, após as eleições municipais, uma discussão para cortar de maneira drástica o fundo eleitoral, que recebeu R$ 4,96 bilhões em verba pública neste ano.

Em compensação, voltariam a ser permitidas doações de empresas para as campanhas, com limites para evitar o desequilíbrio econômico entre as candidaturas.

”Acho que o financiamento público de campanhas foi um erro”, disse o senador. “Temos que rediscutir essa questão e instituir um modelo semipúblico, com travas para o financiamento privado.”

Randolfe foi um defensor do sistema de financiamento público aprovado pelo Congresso em 2017, depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu as doações empresariais. O PT, partido ao qual ele se filiou neste ano, ainda é favorável a esse modelo.

O ponto central da crítica de Randolfe é o volume de casos de caixa dois registrados em campanhas. Ele avalia que o dinheiro de empresas ”corre livre” nas eleições, apesar de não ser contabilizado.

”O modelo de financiamento que instituímos com o intuito de moralizar o processo eleitoral acabou desmoralizando ainda mais o sistema. Escancarou as portas para o caixa dois”, afirmou o senador, que está envolvido em eleições nos municípios do Amapá.

As doações empresariais para campanhas foram proibidas pelo STF em 2015, na esteira da Operação Lava Jato. As investigações apontaram que algumas dessas contribuições eram feitas pelas empresas a partidos e candidatos com o objetivo de obter vantagens em contratos públicos.

Nas eleições de 2016, as campanhas foram abastecidas por doações de pessoas físicas e com dinheiro dos próprios candidatos. No ano seguinte, o Congresso aprovou a criação de um fundo público com o objetivo de permitir o pagamento das campanhas, com menor influência privada. b”O que melhorou no sistema? Acho que nada. O sistema de campanhas continua uma pouca-vergonha. Talvez tenha ficado pior”, disse Randolfe.

O senador afirmou que o modelo atual “encarece as campanhas”, porque cria duas fontes de financiamento, na prática: um fundo público bilionário e o dinheiro privado que corre muitas vezes sem o controle das autoridades. O sistema semipúblico, na avaliação de Randolfe, daria transparência às contribuições privadas.

O modelo misto proposto pelo parlamentar reduziria em 80% o fundo eleitoral abastecido com dinheiro público. “O peso sobre o Orçamento é enorme hoje. São quase R$ 5 bilhões no ano eleitoral. Se reduzirmos o fundo eleitoral para R$ 1 bilhão, veja quantas coisas poderíamos fazer.”

A proposta deve enfrentar resistências na esquerda e mesmo dentro do governo. Randolfe disse que ainda não discutiu o assunto com o presidente Lula (PT) ou integrantes da base aliada, mas acredita que a discussão é inevitável.

”Sei que meu partido [o PT] tem aversão a esse assunto, mas é necessário debater. Alguns parlamentares são favoráveis a uma mudança no modelo, então podemos discutir esse assunto depois das eleições.”

Eleições 2024: Estado da Bahia terá 200 promotores eleitorais para fiscalização da votação no domingo

Ao todo, 200 promotores eleitorais fiscalizarão as eleições nas 199 zonas eleitorais da Bahia, 180 no interior e 19 em Salvador, no próximo domingo (6). No estado, 33.229 candidatos concorrem aos cargos, sendo que a maioria (32.877) disputa vaga nas Câmaras de Vereadores.

”No próximo domingo, os promotores e as promotoras eleitorais atuarão fiscalizando as seções eleitorais e recebendo, nos cartórios eleitorais, eventuais denúncias de irregularidades para evitar desequilíbrio na disputa e permitir que todos tenham o livre exercício do direito ao voto”, registra o promotor de Justiça que coordena o Núcleo de Apoio às Promotorias de Justiça Eleitorais (Nuel) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Millen Castro.

Ele ressalta que o trabalho do MP não acaba no dia 6 de outubro, pois as notícias recebidas anteriormente continuarão sendo investigadas para que, até a data da diplomação, infratores eleitorais sejam responsabilizados.

Desde o dia 6 de agosto, o MP-BA deu início a uma série de alertas aos candidatos às eleições para que ficassem atentos às proibições impostas pela legislação, sobretudo aos agentes públicos, no sentido de evitar favorecimento de candidaturas na disputa eleitoral.

Segundo o ‘Guia das Eleições 2024’, do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), o estado conta com 11.283.507 eleitores. Desse total, 52% são mulheres e 48% homens.

ASSÉDIO ELEITORAL

Até esta quinta-feira (3), o Ministério Público da Bahia recebeu 2.228 notícias de fato sobre supostas irregularidades, como assédio eleitoral, violência política de gênero, abuso de poder político ou econômico, corrupção eleitoral e propaganda irregular.

Os promotores de Justiça eleitorais, conforme o órgão, deram andamento a 1.191 desses casos, que totalizaram 487 procedimentos, entre denúncias criminais, ações, recomendações, investigações próprias e requerimentos de instauração de inquéritos policiais para apuração dos fatos, prevenção e saneamento de irregularidades.

Outras 704 notícias de fato foram arquivadas em razão da falta de elementos básicos para abertura ou continuidade da investigação ou por haver procedimentos em curso sobre o mesmo objeto. As demais notícias ainda estão em andamento. Com informações do site Bahia Notícias

Advogado de 48 anos, Cássio Bruno Barroso é morto a tiros na frente do próprio escritório em Goiás

Um advogado foi morto a tiros na frente do escritório do qual era sócio em Rio Verde (GO). Cássio Bruno Barroso, 48, entrava em uma caminhonete quando foi atingido. Ele foi baleado quatro vezes por homens que saíram de outro veículo, também parado na frente do escritório, na tarde dessa quinta-feira (3).

Guarda Civil Municipal prestou primeiros socorros, mas a morte do advogado foi constatada no local. A perícia da Polícia Civil e a Polícia Militar foram acionadas. Assassinato “com certeza ocorreu no exercício da profissão”, diz presidente da Subseção de Rio Verde da Ordem dos Advogados do Brasil, Alessandro Gil. Em nota, a OAB-GO afirmou que “manifesta sua profunda indignação diante do trágico e brutal atentado”.

Polícia suspeita que crime tenha sido encomendado. Segundo o delegado Adelson Candeo, responsável pelas investigações, o advogado trabalhava em ações envolvendo grandes valores, que já causaram outras mortes em outras ocasiões. “Trabalhamos [com a possibilidade de] que alguém que tenha recebido para praticar o crime, a famosa pistolagem”, afirmou em entrevista ao UOL.

Nenhum suspeito do crime foi identificado até o momento. Segundo a polícia, Cássio não era ameaçado, vivia uma vida “absolutamente normal” e não percebeu que foi baleado. Corpo de Cássio foi velado na sede da OAB em Rio Verde. Ele será enterrado na manhã desta sexta-feira (4) no cemitério São Sebastião.

“Ele leva cinco tiros nas costas e sequer percebe que foi baleado. Quando ele cai, a secretária [do escritório] chega no local e ele diz que tomou um choque”, disse Adelson Candeo, delegado da Polícia Civil de Goiás, ao UOL.

Educação: Estudantes da rede estadual baiana criam projeto de ”leitura” como suporte emocional

A literatura tem sido uma ferramenta de transformação no Colégio Estadual de Tempo Integral Berilo Vilas Boas, em São José do Jacuípe, no semiárido baiano. Com o projeto ”Um livro para salvar uma vida”, estudantes encontram na leitura um espaço para o estresse e a ansiedade, além de desenvolverem novas perspectivas de vida. A iniciativa não só amplia o repertório cultural dos jovens, como também contribui para o seu desempenho escolar, ao fornecer uma maneira saudável de enfrentar desafios cotidianos.

O projeto começou em 2021, como parte de um programa de iniciação científica, envolvendo estudantes de diferentes séries do Ensino Médio, que criaram o Clube Deleit(ura). Atualmente, a iniciativa reúne 100 alunos em encontros mensais, no formato de Círculos de Leitura. ”Para cada encontro, uma temática é escolhida junto com um livro que aborde o tema. ”Um livro para salvar uma vida” propõe que os estudantes reflitam sobre como aquele livro pode ser transformador em suas vidas, compartilhando suas narrativas pessoais e conectando suas experiências à literatura, que funciona como um lugar de acolhimento”, explica a professora de Língua Inglesa, Senaria Oliveira Santana, que orienta o projeto, promovendo conexões entre a literatura e a vida pessoal.

Em setembro, os estudantes do Clube Deleit(ura) participaram de um encontro no Centro Estadual de Educação Inovação e Formação da Bahia (Ceeifor) Mãe Stella, em Salvador, para falar sobre a experiência de criação do clube e do círculo de leitura. Thaislane Brandão, de 17 anos, compartilhou sua experiência com o livro “Biblioteca da meia-noite”, que narra o mergulho interior da personagem Nora Seed no mundo dos livros. “Levei o livro que me ajudou em um momento difícil. Foi incrível compartilhar minha história e ouvir as dos outros colegas”, comenta Thaislane sobre o impacto do encontro.

Para Levy Souza, de 16 anos, o projeto é uma jornada emocional. ”É uma aventura sentimental, em que falamos de livros que nos ajudaram a superar fases difíceis. Embora seja doloroso relembrar, compartilhar essa superação é libertador. Espero que minha história possa ajudar outras pessoas. Acredito que não existe nada mais acolhedor do que um livro’, afirma o estudante do 2º ano. Na oportunidade, os alunos do Colégio Estadual de Tempo Integral Felipe Cassiano, do município de Várzea do Poço, também do semiárido baiano, participaram do encontro, apresentando sua experiência do Livre-se Clube, elaborado no mesmo formato.

Dos oito participantes do primeiro encontro, o projeto despertou o interesse de outros jovens que logo passaram a integrar o Clube Deleit(ura). O sucesso do projeto motivou a criação de uma biblioteca composta por livros lidos pelos integrantes do clube. ”A leitura acontece de forma voluntária, em que o aluno não é obrigado a participar. À medida que o estudante consegue evoluir na leitura, a partir dos clássicos, ele vai ampliando não só suas opções literárias, mas a leitura que faz do mundo, adquirindo também mais experiência, a partir do compartilhamento de suas vivências, que acontecem durante os encontros”, explica a professora.

Jequié: Candidato a vice-prefeito da oposição, petista diz ter sofrido injúria racial na internet e vai à delegacia

O petista e candidato a vice-prefeito pela oposição em Jequié, Régis Silva (PT), que forma chapa com Alexandre de Saúde (PSD) usou as redes sociais para dizer que foi vítima de crime de injúria racial na internet. Régis, que se dirigiu ao prédio da Delegacia Territorial na noite desta quinta-feira (3) para registrar a ocorrência que ”racistas não passarão”.

O candidato não detalhou a situação, mas afirmou que sofreu racismo e cobrou apuração. ‘’Estou aqui na delegacia, registrando um boletim de ocorrência de uma injúria racial que acabei de sofrer, não conheço a pessoa, mas acham que estão impune, então estamos aqui para registrar esse boletim e identificar, os autores e o mandante’’, disse o petista.

Carro de ex-prefeito é alvejado por tiros no Recôncavo da Bahia; veículo blindado minimizou estragos

O caso ocorreu em Cachoeira. Foto: Divulgação / Assessoria de Tato Pereira

O ex-prefeito e candidato em Cachoeira, no Recôncavo, Tato Pereira (PSD), sofreu uma tentativa de homicídio na noite desta quinta-feira (3). O fato ocorreu na localidade de Capoeiruçu, zona rural do município.

Segundo informou a assessoria do candidato, Pereira estava no veículo na companhia de três assessores quando um homem a bordo de uma motocicleta se aproximou do lado do motorista e atirou.

Três dos disparos atingiram a lateral e o quarto na frente do carro, que é blindado. O homem fugiu em seguida e até o início da manhã desta sexta-feira (4) não tinha sido identificado. Ninguém se feriu. Logo após o ocorrido, o prefeito e os assessores foram até a delegacia do município e registraram um boletim de ocorrência.

Nesta sexta, Tato Pereira deve voltar à polícia como parte da apuração do crime. Esta foi a primeira vez que o ex-prefeito sofre um ataque político do tipo. A assessoria informou que não sabe quem praticou o atentado.

Além de Tato Pereira, concorrem à prefeitura de Cachoeira a atual prefeita Eliana Gonzaga (PT), que tenta a reeleição, e Edson Filho (PP). As informações são do site Bahia Notícias

Aliados têm expectativa de que Bolsonaro apoie Marçal já domingo em caso de 2º turno contra Boulos

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm a expectativa de que ele anuncie apoio a Pablo Marçal (PRTB) já na noite de domingo (6), caso o influenciador passe para o segundo turno e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato oficialmente endossado pelo ex-presidente, não.

Bolsonaro vem sendo aconselhado por pessoas próximas a fazer esse gesto, mas ainda não respondeu se seguirá a orientação. Para membros do seu entorno, é importante que o ex-presidente anuncie o apoio para tomar a frente do processo e não deixar a impressão de que agiu pressionado por seu eleitorado ou mesmo por Marçal.

Segundo essa avaliação, o gesto poderia colocar Bolsonaro na posição de um líder da direita que acolhe um aliado, Marçal, no grupo. A demora para manifestar apoio ou mesmo a recusa podem passar a impressão de que o ex-presidente coloca seus interesses individuais acima daqueles de seu grupo político, ainda mais em uma disputa contra um candidato de esquerda como Guilherme Boulos (PSOL), avaliam esses aliados.

Ainda que tenha feito acenos recentes ao bolsonarismo por meio de entrevistas em que criticou a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid e defendeu a possibilidade de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Nunes nunca caiu nas graças do movimento liderado pelo ex-presidente. O próprio Bolsonaro disse, em agosto, que o emedebista não era seu candidato dos sonhos.

Nas últimas semanas, deputados bolsonaristas decidiram apoiar publicamente Marçal, e Bolsonaro não se opôs. Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP) e Ricardo Salles (Novo-SP) foram os principais nomes envolvidos nessa movimentação. Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (3) mostrou Nunes e Marçal empatados com 24% das intenções de voto, atrás de Boulos, com 26%.

O influenciador disparou entre os eleitores de Bolsonaro e saltou de 43% para 51% das intenções de voto desse grupo na última semana, enquanto o emedebista fez o movimento contrário, de 39% para 32%.

*por Guilherme Seto/Folhapress

Com 4º maior número, Tribunal do Júri na Bahia tem mais de 15,8 mil ações do tribunal do júri pendentes

Levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta para um número expressivo de ações penais pendentes de julgamento pelo Tribunal do Júri na Bahia. Os dados confirmam a existência de 15.820 processos ainda sem análise, uma média de 111,87 pendentes a cada 100 mil habitantes. 

Isso dá ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) o 4º lugar no ranking dos tribunais com maior concentração até o último dia 30 de junho, com tempo médio total de oito anos e dois meses. À frente do TJ-BA estão os Tribunais de Justiça de São Paulo (24.726 processos), de Pernambuco (21.930) e do Rio Grande do Sul (19.713). O tribunal baiano ultrapassa apenas o TJ de Minas Gerais (14.069). Esse é o retrato trazido pelo Mapa Nacional do Júri, lançado nesta quinta-feira (3) pelo CNJ.

Somente em 2024, foram 888 novas ações no TJ-BA e outros 58 recursos, média de 22,80 novos casos a cada 100 homicídios. Este ano o tribunal julgou 2.011 casos, baixou e arquivou 1.038 e 74 recursos, e realizou 204 sessões do júri. O tempo médio até o arquivamento de uma ação penal é de nove anos e cinco meses.

O Tribunal do Júri é responsável por julgar os crimes dolosos contra a vida. Quando se trata da incidência de assuntos entre os casos pendentes, 12.235 se referem a homicídios qualificados, que são aqueles cometidos por motivo fútil, torpe, por meio cruel, que torne impossível a defesa da vítima. Os homicídios simples são 3.128 e os feminicídios 470. 

A fase sumária, que é quando se analisa somente se há materialidade e indícios de autoria de crime doloso contra a vida (sem análise do mérito), 495 ações terminaram em pronúncia o acusado, admitindo a imputação feita e encaminhando o réu para julgamento perante o Tribunal do Júri; 235 em impronúncia, 15 em desclassificação e 57 em absolvição sumária. Os dados são referentes apenas aos seis primeiros meses de 2024.

A fase plenária, que significa dizer que o Tribunal do Júri entra em ação, foram 234 condenações, 109 absolvições e quatro desclassificações. Quanto ao acumulado de julgamentos de extinção da punibilidade, 298 se deram por morte, 267 por prescrição e um por cumprimento de pena. Também dados referentes aos primeiro semestre deste ano.

A unidade que mais acumula ações pendentes é o 2º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador, com 1.030; seguido pela Vara do Júri de Feira de Santana (892), Vara do Júri de Vitória da Conquista (692), Vara do Júri e Execuções Penais de Barreiras (661) e 1º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital (599).

Quanto aos novos casos, a maioria se trata de homicídio qualificado (635) e a unidade que mais recebeu processos foi a Vara do Júri de Feira de Santana, 52 no total. Sobre os julgamentos, a Vara do Júri de Itabuna figura como a que mais julgou ações (149); e, dos casos analisados no âmbito de todo o Tribunal, a maioria também diz respeito a homicídio qualificado (1.545) e 101 são de feminicídio. 

RETRATO DE SALVADOR
O mapa desenvolvido pelo CNJ também traz a fotografia de Salvador, onde 2.603 ações penais estão pendentes, cerca de 18,41 a cada 100 mil habitantes. Em 2024, as varas de competência do júri receberam 77 novos casos e julgou 547.
O tempo médio total do processo pendente em território soteropolitano é de nove anos e 11 meses (3.638 dias).

As três unidades que mais julgaram processos são: 2º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri (148), 1º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri (116) e 2º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri (92).  O tempo médio até o arquivamento de uma ação penal é de 11 anos e três meses. 

Dos processos julgados em fase sumária em Salvador, 58 resultaram na pronúncia do acusado, admitindo a imputação feita e encaminhando o réu para julgamento perante o Tribunal do Júri; 92 na impronúncia; cinco em desclassificação e 21 em absolvição sumária. 

Quando o Tribunal do Júri entra em ação, na chamada fase plenária, são 54 condenações, 34 absolvições e uma desclassificação. Ainda, segundo o painel, no quantitativo de julgamentos de extinção da punibilidade 70 se deram por morte e 61 por prescrição. 

CENÁRIO NACIONAL
O CNJ define o Mapa Nacional do Júri como uma ferramenta que permite consultar o acervo processual nos tribunais de justiça a fim de proporcionar uma maior transparência, eficiência e celeridade na tramitação dos processos que estão em julgamento no Tribunal do Júri.

O acumulado dos tribunais torna o cenário nacional também alarmante. Até junho deste ano, foram apresentadas 14.170 novas ações penais de competência do júri. Atualmente, segundo o levantamento, existem 219.937 casos pendentes de julgamento no país e pouco mais de 20 mil foram baixados ou arquivados definitivamente. O tempo médio até o arquivamento de uma ação penal é de 7 anos e 6 meses.  

No período analisado, somente em 2024 mais de 39 mil julgamentos foram realizados, sendo que desse total 15 mil ocorreram na fase sumária. 

Dos julgados na fase primária, 10.588 (70,2%) resultaram na pronúncia do acusado, admitindo a imputação feita e encaminhando o réu para julgamento perante o Tribunal do Júri; outras 3.212 decisões foram no sentido de impronúncia, 492 terminaram em desclassificação e 790 em absolvição sumária. 

Ainda, segundo o mapa, há o registro de 9.184 condenações e 3.463 absolvições em julgamentos na fase plenária. Sobre o quantitativo de julgamentos de extinção da punibilidade, o levantamento indica que 2.319 ocorreram por morte do réu, 2.530 por prescrição e 134 por cumprimento da pena. 

PROVIDÊNCIAS
O presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, deu o prazo de 60 dias, a partir de novembro, para que os tribunais informem as providências a serem adotadas para redução do acervo. Juízes auxiliares da presidência do CNJ vão auxiliar e acompanhar o cumprimento do levantamento.

O TJ-BA oficializou nesta quarta-feira (2) a criação do projeto “TJBA Mais Júri” e de um grupo de trabalho para atuar nas unidades judiciárias de competência para a realização dos julgamentos. 

Ao criar a ação, o tribunal baiano aponta que o objeto é “incrementar” a quantidade de sessões plenárias do Tribunal do Júri no último trimestre de 2024. A medida leva em consideração o Mês Nacional do Júri estabelecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em todo mês de novembro, quando os tribunais brasileiros concentram esforços para priorizar o julgamento de crimes dolosos contra a vida. 

Para o aumento do número de sessões serão adotadas algumas providências, como a análise do acervo para identificar os processos pendentes de designação da sessão plenária do júri; e a antecipação dos júris agendados para 2025, incluindo-os nas pautas dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2024. Com informações do site Bahia Notícias

Jaguaquara: Prefeita Edione emite nota e classifica ação judicial movida pela oposição como ”ato de desespero”

Edione emite nota após ser acusada por Raimundo. Foto: Blog do Marcos Frahm

A prefeita e candidata à reeleição em Jaguaquara, Edione Agostinone (PT) reagiu com nota pública a ação judicial movida pelo candidato da oposição, Raimundo do Caldo (PSD) que pede a sua cassação por supostas práticas de abuso de poderes político e econômico no pleito eleitoral 2024 [veja]. Edione, ao emitir nota de esclarecimento classificou a ação do oposicionista como ato de desespero e diz ser vítima de ataques pessoais feitos por Raimundo, que a ação judicial é fantasiosa, maléfica e que traz inverdades, prometendo desmascará-lo em momento oportuno.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O candidato opositor, em ato de desespero e covardia, diante de sua evidente e esmagadora derrota que lhe espera nas eleições do dia 06/10, vem tentando desestabilizar a vontade popular, se apegando em medidas não democráticas.

Após longo período utilizando ataques pessoais, todos sem sucesso, ingressou com uma ação judicial fantasiosa, maléfica, trazendo inúmeras inverdades, fato este que será desmascarado no momento oportuno.

Dentre tantas mentiras, questiona inclusive, o trabalho realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, que sempre buscou manter a regularidade na prestação do serviço na distribuição de cestas básicas à população carente , desde que atendessem os requisitos impostos pela lei, que fossem previamente cadastrados e munidos de relatórios socioassistenciais.
Ressalta-se que este tipo de Serviço vem sendo prestado há mais de 20 anos.

A oposição, brinca de fazer política, querendo atingir os necessitados, como se fosse possível suspender os serviços no ano eleitoral e deixar as pessoas carentes da municipalidade passar fome. Ato este totalmente DESUMANO e ilegal.

O comportamento do opositor demonstra cercado de desespero ao tentar fazer com que a Justiça determine a suspensão do serviço em prejuízo a diversas famílias.

A fome não tem ideologia política, Sr. Candidato.

A verdade é que a ação proposta é uma verdadeira aventura jurídica , às vésperas das eleições, apenas para criar um ‘fato político’, sendo que a mesma não tem a menor possibilidade de sucesso, haja vista constar nos autos, grandes mentiras.

A medida tomada pela oposição , é clássica dos perdedores que não possuem argumento para angariar votos e tentam criar fatos falsos para nos desarticular.

Faltam-lhes propostas para a população, seu plano de governo é desconhecido, pois utilizou-se de seu tempo para tentar desonrar a imagem de uma candidata séria e leal ao seu povo.

Ao candidato de oposição, restou apenas tempo para criação de informações falsas visando desestimular o eleitorado a votar pelo bem da cidade.

Ao cidadãos do nosso Município, não se preocupem! Todas as providências já estão sendo tomadas para combater as mentiras lançadas contra a nossa coligação !

Confiamos em Deus e na Justiça! Temos certeza que eles serão, mais uma vez, envergonhados e punidos.

E dentre as punições, daremos a resposta nas urnas, onde confirmaremos a vitória expressiva de Edione Agostinone e Ney Cabeludo. 13 neles!

Jequié: Vereador diz que gerente de fazenda do ex-governador César Borges teve carro destruído por incêndio criminoso

Wamiral é vereador e disputa á reeleição. Foto: Blog do Marcos Frahm

Um carro de propriedade de um pastor evangélico e gerente da fazenda do ex-governador César Borges foi destruído após incêndio na madrugada desta quinta-feira (3) na localidade de Itajuru, área rural do município de Jequié, no Médio Rio de Contas.

O veículo Fiat Siena apareceu carbonizado e, a suspeita, de acordo com pronunciamento feito pelo advogado criminal e vereador de Jequié, Walmiral Marinho (PP), é de que o fogo tenha sido colocado no carro de forma criminosa.

Nas redes sociais, Walmiral, que disputa à reeleição se solidariza com o pastor e repudia o que ele classifica de crime e revela que o homem é apoiador de sua campanha. ”O pastor Lin de Itajuru, gerente da fazenda do ex-governador Cesar Borges teve seu carro totalmente destruído num incêndio criminoso e eu tenho certeza de que tem cunho político. Homem de bem, que ajuda a todos, que leva a palavra de Deus, homem trabalhador. Quero dizer que acredito muito na justiça e que esse crime covarde não ficará impune. O senhor não está só, o amigo bom é na hora difícil. Tenho certeza de que tem mais Deus pra dar do que o diabo pra levar”, disse o vereador.

O caso foi registrado na Delegacia territorial de Jequié. No vídeo, Walmiral diz ainda esse não é o primeiro crime praticado durante o período eleitoral na localidade, e que na semana passada, arrancaram os parafusos das rodas do carro da administradora da comunidade.

Em clima ”morno”, eleições de Jequié marcam confronto entre união da base de Jerônimo e PP de Zé Cocá

Zé Cocá e Alexandre disputam as eleições. Fotomontagem/BMF

Com apenas dois candidatos na disputa, a eleição pela prefeitura de Jequié marca um dos principais embates do pleito deste ano. A base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) se uniu para apoiar a candidatura de Alexandre Iossef, conhecido como Alexandre da Saúde (PSD) para enfrentar o até então favorito e dono da máquina pública da cidade, o atual prefeito Zé Cocá (PP).

A primeira ideia do Partido dos Trabalhadores, de Jerônimo, era de lançar o ex-vereador Reges Silva para a disputa municipal, chegando a anunciá-lo como pré-candidato em maio deste ano. Contudo, após não chegar em consenso com a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), o grupo recuou da decisão para apoiar o nome de Alex da Saúde.

A expectativa para as eleições em Jequié, inclusive, é de um clima morno, sem muitos ataques. O governador Jerônimo não deve adotar uma postura agressiva no município do Médio Rio de Contas visando aproximar o PP da base governista. Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, o partido até já teria um acordo para assumir a Secretaria de Planejamento (Seplan) após as eleições.

Ao Bahia Notícias, um jornalista da região, que preferiu não se identificar, afirmou que o clima no município está “morno” e citou que uma das motivações para tal seria justamente a tentativa de aproximação do governador Jerônimo com Zé Cocá, visando “repatriar” o PP para a base governista.

“É um clima morno, parece que todos já sabem o resultado. Essa aproximação do governador com o Progressistas colaborou com certeza, não vejo ninguém ‘bater’ em ninguém”, contou.

Outro fator curioso é que o candidato do PSD destas eleições é irmão mais novo do deputado estadual Hassan Iossef, do PP. O detalhe é que o parlamentar foi secretário de Governo na gestão de Zé Cocá e recebeu apoio do prefeito para se eleger na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Inclusive, o agora Hassan Iossef durante as eleições de 2022 adotou o nome de “Hassan de Zé Cocá” nas urnas.

O FAVORITISMO
Duas vezes prefeito de Lafaiete Coutinho (2009–2012 e 2013–2018), e deputado estadual eleito nas eleições de 2018, Zé Cocá é visto como favorito no pleito em Jequié.

Em levantamento contratado pelo Bahia Notícias junto à empresa Séculus Análises e Pesquisas, o progressista apareceu com 94,88% de aprovação entre os eleitores de Jequié. Na pesquisa publicada em maio, Cocá garantiu 70,63% das intenções de voto para reeleição.

Na época em que a pesquisa foi realizada, quando havia outros nomes postos na disputa pela prefeitura, 1,88% do eleitorado afirmou que votaria em Alexandre da Saúde e 22,63% ainda estavam indecisos. 

LEGISLATIVO
As eleições deste ano vão além das prefeituras. O eleitorado também deve se preocupar com seu voto para o legislativo de sua cidade. No caso de Jequié, a Câmara Municipal conta com 19 vereadores.

Atualmente, as maiores bancadas partidárias do legislativo da cidade são compostas pelo PP, de Zé Cocá, e PSD, de Alexandre da Saúde, ambos com quatro representantes. A Casa também conta com três vereadores do União Brasil, dois do Republicanos e do PDT. Além disso, PT, PSDB, PV, Republicanos e Solidariedade possuem um representante cada um.

Ao todo, 227 nomes disputam por uma cadeira na Câmara de Jequié, de acordo com dados coletados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Vale lembrar que para estas eleições o TSE limitou as candidaturas dos partidos. Agora, as siglas devem limitar o lançamento dos nomes para a quantidade de cadeiras disponíveis + 1, no caso de Jequié, no máximo 20 candidatos.

Sem Bruno Reis, debate da TV Bahia têm candidatos criticando gestão em busca de ”último gás” em campanha

Marcado pela ausência do atual prefeito e candidato a reeleição Bruno Reis (União), o debate da TV Bahia, em Salvador, nesta quinta-feira (3), foi focado em críticas a atual gestão. Com a presença de Geraldo Jr. (MDB) e Kléber Rosa (PSOL), os candidatos investiram a oportunidade para apontar questões relacionadas a prefeitura.

O primeiro bloco foi marcado por falas de Kléber e Geraldo Jr. relacionadas a temas como sustentabilidade, meio ambiente e segurança pública. ”Lamentavelmente, no nosso município, o candidato Bruno se nega à responsabilidade de assumir a segurança pública. O índice de feminicídio tem aumentado, as mulheres são alvo de diversas naturezas, é muito importante que tenhamos política de proteção à vida das mulheres. Falar sobre segurança pública é enfrentar o racismo e a prioridade de proteger a vida das mulheres”, indicou Kleber Rosa.

”Nós continuaremos com o enfrentamento ao crime organizado (…) precisamos de uma política de cidadania e uma cultura da paz’, acrescentou Geraldo Jr, durante sua tréplica.

No segundo bloco, jornalistas fizeram questionamentos aos candidatos, sendo iniciado novamente pelo tema da segurança pública. ”Eu como vice-governador, ao lado de Jerônimo Rodrigues, vamos valorizar a cada dia que passa os nossos homens e mulheres, com promoções e avanços. Vamos enfrentar o crime organizado”, iniciou Geraldo Jr.

Kléber completou indicando que existe um fracasso da segurança pública. “A gente sabe que o problema da segurança não atinge a todas as pessoas de forma igual. Nós, a população negra, somos os mais afetados. Dediquei a minha vida a lutar pela garantia de dignidade”, disse.

Outro tema tratado no segundo bloco foi a saúde. Direcionada a Kléber Rosa, a questão foi classificada como primordial. “Salvador é uma cidade forte do ponto de vista da sua economia. O problema não é falta de recurso e sim má gestão. A maioria dos serviços públicos está privatizada. O prefeito contrata empresas privadas para prestar serviços públicos (…) Nós vamos cuidar da saúde aplicando de forma republicana o recurso dos SUS”, disse.

Já Geraldo Jr acrescentou dizendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu novas policlínicas. ”Ele já garantiu 300 equipes de saúde da família para nossa cidade”, apontou.

O terceiro bloco teve uma dinâmica diferente. As perguntas foram feitas pelo público, de forma gravada, com o tema inicial proposto sendo o transporte público, com direcionamento a Geraldo Jr. “Nós demos a ordem de Serviço da Calçada até Paripe. Vamos integrar o transporte rodoviário da cidade, trazer os ônibus de volta”, disse.

Kleber Rosa comentou o tema. ”Meu compromisso é com a tarifa zero. O transporte público para toda a população. É uma promessa de candidato que sabe o que fala. A tarifa zero já é uma realidade”, acrescentou.

No segundo questionamento feito, desta vez direcionado a Kleber Rosa, a pergunta tratou sobre cultura. “Nós temos diversos programas que atendem os bairros. Um deles, voltado para a Juventude, os ‘Cucas’. É uma forma de garantir que a juventude tenha acesso a esses espaços, com perspectiva de futuro. Disputar a consciência da nossa juventude, para que ela acredite no futuro, é fudamental”, explicou Kléber.

Já Geraldo comentou o tema indicando que tem projetos no programa de governo. ”Vamos criar polos criativos. Vamos envolver a juventude, valorizar a cultura do nosso povo”, disse.

O último bloco foi marcado pelo confronto direto. Kléber questionou Geraldo Jr. sobre o posicionamento político e apontou o passado do candidato. “Não estou pedindo apoio. Já tenho o apoio do presidente Lula. Tenho o maior respeito, mas supera o passado e apresenta novas propostas. Honro o grupo político que participo, fomos eleitos em 2022 e agradeço seu apoio”, disse Geraldo Jr.

Kléber rebateu e disse que não esquece o passado. ”O passado caminha comigo na minha pele, no meu cabelo, não posso esquecer o passado. Vivo do que o passado me obrigou a fazer. Estou nas lutas populares”, comentou.

O outro questionamento foi a educação com as creches na cidade. ”Sou professor, fui um estudante de escola pública a vida toda, sei a dificuldade do trabalhador estudante de continuar a estudar. Conciliar a educação e o trabalho. Tenho o compromisso de uma vida inteira com a educação, existem três prioridades: zerar a fila de creches, garantir que os professores sejam respeitados com concursos e salários e garantir um programa de educação de jovens e adultos”, disse Kleber Rosa.

Já Geraldo Jr sinalizou sobre a fila da educação. ”Iremos reforçar o trabalho das creches comunitárias, nós assumimos o ensino fundamental I e II”, completou.  Nas considerações finais, ambos voltaram a pedir o voto da população soteropolitana apontando os pontos altos dos planos de governo já apresentados e a tragetória de atuação na cidade.

Jaguaquara: Disputa eleitoral termina no palanque e começa na Justiça, com ação de abuso de poder econômico; entenda

Raimundo ingressa com ação contra Edione. Fotomontagem/BMF

A campanha eleitoral chega a reta final em Jaguaquara, maior colégio eleitoral do Vale do Jiquiriçá com a disputa entre os candidatos se encerrando nesta quinta-feira (3) no palanque e sendo iniciada na Justiça. O dia começou com burburinhos nos bastidores da política, após mensagens circularem pelos grupos de WhatsApp afirmando que uma ação judicial movida contra a prefeita Edione Oliveira Agostinone (PT) e o seu vice, Francisnei Santos, o Nei Cabeludo (PT), poderia resultar na cassação e declaração de inelegibilidade por oito anos da chapa majoritária. Nas redes sociais, uma notícia classificada pelos apoiadores da prefeita como Fake News, intitulada ”Prefeita de Jaguaquara pode ser cassada e ficar inelegível por abuso de poder econômico”, publicada em um site recém- criado, Bahia 24 Horas. Entretanto, foi confirmado que a Coligação Esperança e Renovação, que representa a candidatura de Raimundo do Caldo e Marilon, do PSD, ingressou na Justiça Eleitoral, através da 76ª Zona Eleitoral, com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), alegando abuso de poderes político e econômico por parte da Coligação Vamos Juntos Por Jaguaquara, que representa no pleito a candidatura da prefeita, que busca à reeleição com o vice, que foram formalmente citados na ação ajuizada no último dia (1º) de outubro.

Entre as principais acusações está a contratação de servidores temporários sem justificativa e informações retiradas do portal do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, que foram anexadas ao processo para demonstrar que o número de contratados e comissionados saltou de 177 para 1.450 apenas entre fevereiro e março deste ano.  A ação também denuncia a distribuição de cestas básicas por carros com adesivo de campanha, prática, que segundo a assessoria jurídica do candidato foi registrada em vídeos que foram anexados ao processo, citando o envolvimento de um familiar da gestora.

Outras acusações envolvem o uso de ônibus escolares para transportar eleitores para eventos de campanha, coação de servidores públicos, que teriam sido pressionados a participar das atividades eleitorais, além de gastos com publicidade, com material gráfico, com carro de som e Raimundo também questiona os valores pagos pelo Município ao representante legal de uma rádio comunitária, que teria cancelado uma sabatina com os candidatos na semana passada.  A ação, que tem como base a Lei Complementar 64/90, já conta com mais de 4 mil páginas de documentos e realmente pede a cassação de Edione e Nei, além da declaração de inelegibilidade por oito anos. O processo 0600416-95.2024.6.05.0076 ainda será julgado. A ação é representada pela empresa Mattos Medina Advocacia e Colsutoria, com sede na Avenida Tancredo Neves, em Salvador.