Em depoimento à Polícia Civil, no processo em que o padre Robson de Oliveira foi extorquido em R$ 2,9 milhões para não ter supostos casos amorosos divulgados, Rouane Carolina Azevedo Martins, ”braço-direito” do religioso, disse que ele teve assinatura falsificada, em documento de compra de uma casa de luxo em Goiânia. O padre é investigado por suspeita de desvio de R$ 120 milhões de doações de fiéis.
Segundo Rouane, a mãe do hacker que extorquia dinheiro do sacerdote foi quem apresentou o documento. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), na tentativa de fazer o dinheiro extorquido parecer lícito, os criminosos tentaram simular a venda de uma casa de luxo, para a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), por isso, teriam falsificado a assinatura do padre Robson.
No depoimento, ela conta que a mãe do hacker ”compareceu pessoalmente a uma das agências bancárias e apresentou um contrato de Compromisso Particular de Promessa de Compra e Venda de Imóvel, com data retroativa, de uma casa situada na Rua Madri nº 29, Qd 22, Lt 8, Jardins Madri”.
Rouane afirmou ainda que foi contactada pelo banco sobre o documento e disse que não tinha conhecimento desse contrato. Segundo ela, a instituição financeira investigou e concluiu que a assinatura do padre Robson era falsa, assim como a autenticação da mesma.