A saída do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, do PDT, parece não ter remédio. Em contato com a Tribuna ontem, ele revelou que havia proposto ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para que continuasse filiado ao partido, substituir o atual dirigente estadual, deputado Félix Mendonça Jr., pelo deputado estadual Roberto Carlos (PDT), porém já se passou mais de mês e ele não obteve resposta alguma. ”Há 40 dias, estive com Lupi e sugeri o nome de Roberto Carlos. Ele me disse: ‘tudo bem’, e ficou de dar uma resposta em oito dias. Mas, até o momento, 35 dias quase já, ele não me respondeu”, condenou, ao sugerir que a sua permanência no PDT não tem mais sustentação. “Agora, são novos tempos, não é?”, indicou o chefe do Legislativo baiano. Nilo deixou Salvador ontem e seguiu para a sua fazenda em Jeremoabo, no nordeste baiano – 370 quilômetros da capital baiana – onde passará os festejos juninos e, segundo o quase ex-pedetista, a decisão de qual partido irá migrar só será anunciada na próxima semana. ”Tem a criação do novo partido [PL], tem a janela, tem uma série de coisas, mas só vou decidir depois do São João”. A janela citada por Nilo foi aprovada na última quarta-feira (17) pela Câmara dos Deputados. A emenda à Constituição, que abre um período de 30 dias para que deputados federais e estaduais e vereadores possam trocar de partido sem perderem seus mandatos, precisa de mais uma votação na Câmara e ser mantido pelo Senado. ”Eu votei a favor da janela e o PDT votou a favor também, o que é um sinal de que ele [Marcelo Nilo] pode sair na paz, e essa será a solução do problema [interno do partido]”, disse o presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr., que foi mantido no cargo até o final de setembro, após uma ferrenha disputa com Nilo pelo comando da legenda. Para o dirigente estadual, o PDT irá ganhar com a janela partidária. Leia na íntegra