Durante o período de uma gestão pública, o eleitor é quem mais reclama dos erros cometidos por políticos e, quase que diariamente, aparece nas ruas com uma cara de menino entristecido pelos noticiários com reportagens de denúncias de corrupção, desvio e má administração do dinheiro público e de tantas outras. A imprensa, antes da divulgação dos fatos, sempre conta com a colaboração do eleitor, que liga pra rádio, envia fotos para sites, blogs, trazendo à tona casos absurdos de abandono por parte de uma prefeitura com a coisa pública, fraudando concurso, deixando ruas esburacadas, esgoto estourado, escola deteriorada e até jogando livros no lixo, fazendo com que muitos fiquem desacreditados do processo democrático. Mas, quando chega as eleições, o próprio eleitor é quem dá mau exemplo e sai nas ruas com a bandeira do candidato, fazendo algazarra e gritando com força o nome do político que ele mesmo denunciou. Ora, cruzar os braços e dizer que não vota em ninguém não é a solução, mas esquecer a inoperância de uma administração municipal também não é uma boa opção. Escolher um candidato não é uma tarefa muito fácil, mas não se pode ficar omisso, passivo ao rumo da história. O que se deve fazer é parar com a mentalidade: “ah, não gosto de política”. É bom não esquecer que o futuro das gerações depende da boa política. Se houver omissão por parte dos eleitores, muitos oportunistas tirarão proveito da situação.
Por Marcos Frahm!