Mulheres ainda têm baixa representatividade na política de Jaguaquara, com 2 vereadoras

Cristiane e Sarah são vereadores. Foto: Blog Marcos Frahm

A participação feminina na política jaguaquarense não representou nenhum avanço nos últimos anos. Na Câmara Municipal, dos 15 representantes da atual Legislatura, apenas 2 mulheres ocupam cargos: Cristiane Umburanas (PR) e Sara Helem (DEM). O número não apresenta evolução positiva da Legislatura anterior para a atual, pois para o cenário que é composto em sua maioria por homens, a participação das mulheres em cargos eletivos ainda é considerada insuficiente. Cristiane e Sara substituem Marleide Pinto (PP) [não disputou reeleição] e Jacilene Silva (PP), que não obteve êxito nas urnas ao tentar se reeleger vereadora em 2016. A diferença entre as parlamentares do passado e as do presente está na tendência política. Marleide e Jacilene eram governistas, ou seja, aliadas do então chefe do Executivo, Giuliano Martinelli (PP), reeleito para o segundo mandato em outubro passado. Já Cristiane, ex-secretária de Governo da Prefeitura na gestão pública municipal anterior, além de ser base do prefeito, é prima do alcaide. Enquanto Sara, que chegou a disputar por duas vezes a Prefeitura, em 2008 pelo PT e 2012 pelo PSDC, sem obter sucesso, mas elegendo-se vereadora em 2016 pelo Democratas, é oposição ao Executivo na Casa. De acordo com levantamento feito pelo Blog Marcos Frahm, desde sua emancipação, Jaguaquara nunca teve uma mulher em seu comando. Na década de 80, Iracema Dias (PMDB), liderança jovem da época, chegou a se destacar como candidata a prefeita, mas não venceu o pleito. Em 1996, Sandra Lúcia Magalhães Marins, esposa do médico e ex-prefeito Osvaldo Cruz Moraes (PSB), que foi derrotado por Giuliano no último pleito municipal, quando candidatou-se pelo PSB, perdeu a disputa sucessória para Ítalo Amaral (PFL). Em 2016, Sandra, residente em Valença, e que já exerceu em Jaguaquara o cargo de presidente da Câmara, voltou a Toca da Onça e, desta feita, tentou voltar ao Legislativo pelo mesmo partido ao qual era filiado quando candidata a prefeita e nem com o apoio do carismático e tradicional líder político que é o seu marido conseguiu se eleger. Detalhe, Iracema, que na ocasião tinha apoio maciço do então governador e seu amigo Waldir Pires, foi superada por Osvaldo Cruz, sendo eleito o primeiro prefeito pelo Partido dos Trabalhadores – PT na Bahia, e ainda emplacou o sucessor, o médico Paulo Nunes, também do PT.