O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, nesta terça-feira (9), um inquérito para investigar irregularidades e ato de improbidade administrativa do Consórcio Nordeste na compra frustrada de respiradores com a Hempcare Pharma.
Segundo informações publicadas hoje pelo site Bahia Notícias, as investigações do MPF serão feitas em conjunto com a Polícia Federal (PF) e o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), braço forte e com autonomia dentro do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
A compra dos ventiladores foi concretizada pelo Governo da Bahia, que preside a entidade, por R$ 49 milhões e teve pagamento adiantado de todos os nove estados da região. Os equipamentos, porém, nunca foram entregues.
Foi a gestão do governador Rui Costa (PT) que, inicialmente, denunciou e deflagrou a Operação Ragnarok. Em coletiva sobre a ação da Polícia Civil baiana contra a empresa, o secretário de Segurança Pública (SSP-BA), Maurício Barbosa, declarou que a Bahia foi vítima de um golpe e que a Hempcare ainda negociava com outros estados e, também, com a união.
A investigação, no entanto, tomou outros rumos. Após a deflagração da Ragnarock, a dona da empresa Hempcare, Cristiana Prestes, que também foi alvo, citou o ex-chefe da Casa Civil, Bruno Dauster, como o principal responsável pelas negociações envolvendo os respiradores.
Segundo ela, que chegou a ser presa, Dauster foi quem a procurou e ele conduziu “99,9%” das tratativas. Vale lembrar que Dauster demitido de forma totalmente inesperada na última quinta (4).