Michel Temer admite erro em divulgação no WhatsApp, mas reitera ”discurso de áudio”

Temer admite erro em áudio que vazou. Fotos: Aluízio Gomes
Temer admite erro em áudio que vazou. Fotos: Aluízio Gomes

O vice-presidente Michel Temer reconheceu nesta segunda-feira (11/4) que enviou de maneira equivocada áudio no qual antecipou discurso sobre vitória no impeachment, mas disse que, independentemente do que ocorra na votação do próximo domingo (17), continuará sustentando o mesmo discurso da gravação. Em rápida entrevista à imprensa, o peemedebista explicou que, a pedido de companheiros do partido, gravou discurso que poderia fazer caso o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff fosse aprovado no plenário da Câmara dos Deputados. Na hora de repassar para um amigo, no entanto, acabou enviando a um grupo de parlamentares peemedebistas.  ”Eu reitero que aquilo que disse seria exatamente o que eu fiz no passado e continuarei a fazer independentemente do que aconteça no domingo”, disse. ”Ainda que o governo federal continue tal como está, continuarei sustentando as mesmas teses. Não mudei um centímetro daquilo que falei no passado”, acrescentando. O peemedebista disse não acreditar que o discurso altere o resultado da votação do domingo (17) e fez uma provocação ao ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, que chamou o vice-presidente de ”golpista”. ”Não vou responder, certas afirmações não merecem a honra da minha resposta”, disse. Em conversa com a Folha de S.Paulo, o ministro disse que o discurso de Temer ”revela a trama golpista que o vice e sua turma vêm demonstrando há semanas”. ”Estou estupefato. Ele está confundindo a apuração de eventual crime de responsabilidade da presidente Dilma com eleição indireta. Está disputando votos e transformou o processo numa eleição indireta para conseguir votos em favor do impeachment. Esse áudio demonstra as características golpistas do vice”, declarou Berzoini.