Malafaia deixou Superintendência da PF após depoimento e dizendo ser inocente

J.F. Diorio/Estadão Conteúdo
Malafia é investigado na Operação Timóteo. Foto: Estadão

Durou pouco mais de uma hora e meia o depoimento do pastor Silas Malafaia, da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, ontem (16/12) na Polícia Federal, em São Paulo. Malafaia foi levado coercitivamente para depor, durante a Operação Timóteo, deflagrada pela Polícia Federal, que investiga irregularidades em cobranças de royalties da exploração mineral. O pastor chegou à sede da Superintendência da Polícia Federal por volta das 16h e deixou o local pouco antes das 18h. Ele parou para falar com jornalistas ao chegar e ao sair do local. Ao deixar a superintendência, ele disse ter esclarecido ao delegado da Polícia Federal que não praticou irregularidades. O pastor confirmou que recebeu um cheque no valor de R$ 100 mil em sua conta pessoal. Mas informou que esse cheque foi recebido por meio de uma oferta pessoal por ter orado para um empresário e que, só agora, soube que o doador está envolvido em irregularidades e é investigado na operação. Malafaia disse que conheceu o empresário por meio de seu amigo e também pastor Michael Abud. ”Foi tudo esclarecido. O delegado, muito competente, perguntou tudo o que tinha direito. Eu respondi tudo”, disse Malafaia. ”Sou suspeito de usar contas da minha instituição? Lembrei-me de ter recebido a visita de um amigo meu, de 20 anos, que levou um membro dele [o empresário] para fazer uma oferta, e eu vou desconfiar que o cara está envolvido? Nem ele, o pastor Michael Abud, sabe do envolvimento desse cara, tenho certeza”. Segundo Silas Malafaia, é muito difícil para as organizações e entidades religiosas saber se a origem do dinheiro de doações é ilegal. Malafaia disse que vai esperar o final das investigações para analisar o que fará sobre o fato de ter sido alvo da operação. As informações são da Agência Brasil.