Maia diz que bloco montado por ele para sucessão na Câmara é ‘sinal forte’ de aliança para 2022

Gestão de Maia acaba em fevereiro de 2021. Foto: Ag. Câmara

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o bloco que montou para as eleições na Câmara é um ”sinal forte” de aliança para 2022. Além disso, avaliou a ação do Congresso durante a pandemia do coronavírus como fundamental para o andamento dos ”projetos mais importantes” para combatê-la e criticou a postura do governo em relação à falta de planejamento para começar a vacinação no país.

A gestão de Maia acaba em fevereiro do ano que vem, depois de três mandatos como presidente da Câmara. Ele montou um bloco de sucessão liderado pelo candidato Beleia Rossi (MDB-SP), que vai concorrer com Arthur Lira (PP-AL), representante do bloco do centrão apoiado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo o chefe da Casa, o grupo que ele juntou é a favor da democracia, da liberdade e do meio ambiente e representa a defesa da independência da Câmara. Ele acredita que a característica do bloco indica ”um sinal forte” de que ele possa “estar junto em 2022” e ”reduzir de vez a radicalização da política brasileira”.

O líder dos deputados destacou a importância da Câmara no enfrentamento à pandemia da Covid-19, que, devido a sua ”experiência adquirida anteriormente”, conseguiu ter protagonismo com equilíbrio. Ele lamentou, porém, o negacionismo do governo em relação à vacina e disse acreditar que ela ”é o único caminho para que o Brasil retoma a sua normalidade e a gente garanta vidas”. Ele ressalta que cerca de mil pessoas morrem por dia no Brasil ”pela incompetência e falta de responsabilidade do governo”.