Julgamento do impeachment é marcado por troca de ofensas entre senadores

Caiado é chamado de sem moral. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Caiado bate boca. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff foi suspenso por alguns minutos pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que preside a sessão. A interrupção aconteceu por conta da troca de ofensas entre senadores. Parlamentares contra o afastamento definitivo da petista apresentaram questões de ordem questionando as acusações contra Dilma e os procedimentos do julgamento. Gleisi Hoffmann (PT-PR) atacou adversários políticos ao se referir às acusações contra eles. ”Qual é a moral que vocês têm?”, disse. Em seguida, Ronaldo Caiado (DEM-GO) fez menção às denúncias contra o ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi. Ele é acusado de receber propina em um esquema de fraude no Ministério do Planejamento. ”Eu não sou ladrão de aposentadoria”, afirmou o líder do DEM. ”E você é de trabalhador escravo”, respondeu a petista. Lindbergh Farias (PT-RJ) entrou na discussão e fez referência ao senador cassado Demóstenes Torres, aliado de Caiado. ”Demóstenes é que sabe da sua vida”, disse. O democrata então se voltou contra Lindbergh. ”Tem que fazer antidoping. Fica aqui cheirando não”, afirmou Caiado. Por conta da afirmação, Lindbergh garantiu que vai entrar com uma representação contra Caiado na Justiça e no Conselho de Ética. O julgamento começou nesta quinta-feira (25) às 9h, mas durante a manhã houve apenas discussões sobre questões de ordem.