A Jornalista Alinne Werneck, da emissora Ativa FM, foi agredida verbalmente e teve seu equipamento de trabalho danificado durante em sessão na Câmara Municipal de Eunápolis na quinta-feira (5).
Ao registrar imagens da sessão, a repórter foi cercada e chamada de ”palhaça” e ”vagabunda” por um funcionário público e apoiadores da prefeitura. De acordo com pessoas que estavam no local, a confusão começou após a jornalista responder aos questionamentos sobre sua presença na Câmara. Ela teria respondido que estava ”apenas trabalhando”.
”Não precisa dessa agressão, eu não agredi você em momento nenhum. Eu estou aqui trabalhando. Eu não tenho problema em dizer meu nome, eu me chamo Alinne. Estou aqui a trabalho, não estou aqui brincando com ninguém”, afirmou a jornalista.
Em nota, a emissora Ativa FM lamentou o caso. ”Infelizmente, nossa jornalista do ‘Voz ATIVA’, Alinne Werneck, que tantas vezes denunciou os casos de violência contra a mulher, foi vítima de agressão na sessão da câmara (05/05) por um funcionário público da prefeitura de Eunápolis. A Ativa FM recebeu a notícia com profunda indignação e esclarece que presta todo apoio necessário à profissional neste momento tão delicado.”
A rádio reiterou ainda que ”tais violações têm como objetivo intimidar e constranger os profissionais que realizam seu trabalho de levar informações à população, a fim de obstruir o trabalho da imprensa. Portanto, configuram flagrante violação a um pilar da democracia, a liberdade de imprensa. O ARTIGO 19 repudia veementemente as agressões ocorridas no ato de quinta-feira e espera que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário sejam firmes em casos como esse, explicitando a defesa da liberdade de imprensa, da democracia e da pluralidade de visões e opiniões.”
A prefeitura ainda não se pronunciou sobre o caso. As investigações estão realizadas pela Polícia Civil.