Jequié: Coletiva de imprensa esclarece operação da Polícia Federal contra fraudes no INSS

Representantes de órgãos em coletiva. Foto: Jequié Repórter
Representantes de órgãos em coletiva. Foto: Jequié Repórter

Uma quadrilha responsável por fraudar benefícios previdenciários e seguro-desemprego começou a ser desarticulada Polícia Federal (PF), que deflagrou nesta quarta-feira (23/11), a Operação Melaço. Nesta manhã, foi concedida coletiva de imprensa na sede da Procuradoria da República Federal-MPF em Jequié, a delegada da Polícia Federal em Ilhéus, Denise Dias, o Procurador da República em Jequié, Flávio da Costa Matias, o Assessor de Pesquisas  Estratégicas do Ministério do Trabalho, João Agra e o diretor do Departamento de Inteligência da Previdência Social Marcelo Ávila. Foi explicado que estão sendo  cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e prisão preventiva em Ipiaú, Ibirataia, Valença, Prado, Porto Seguro, Itamarajú e Santa Cruz Cabrália, todas no sul da Bahia. Um dos alvos da ação é conhecido como ”Melado”. Por isso, a operação foi batizada de ”Melaço”. Além disso, os policiais federais afirmam que o esquema atraía inúmeras pessoas, assim como um doce. Técnicos de contabilidade, aliciadores e atendentes do SineBahia participam da organização criminosa, que atua há mais de 10 anos. Os aliciadores eram responsáveis de recrutar pessoas que aceitassem ceder seus documentos para obter os benefícios. Já os técnicos em contabilidade criavam contratos de trabalho retroativos para esses indivíduos em empresas inativas ou criadas em nome de “laranjas”. Em seguida, era forjada a demissão para que essas pessoas recebessem seguro-desemprego. Também eram solicitados benefícios no INSS. O grupo pagava o FGTS, mas esse dinheiro era sacado após a suposta demissão. Eles teriam forjado mais de seis mil vínculos empregatícios em pelo menos 236 empresas. A fraude provocou prejuízo de mais de R$ 17 milhões em seguro-desemprego e R$ 1 milhão em benefícios do INSS. De acordo com a delegada as pessoas com prisões preventivas decretadas pela Justiça Federal em Jequié, estão sendo encaminhados ao Conjunto Penal de Jequié, onde permanecerão durante o desenrolar das apurações. *Por Wilson Novaes