A Prefeitura de Jequié, que desde janeiro tenta retirar das calçadas da Rua Corredor Costa Brito, na região do Centro de Abastecimento Vicente Grilo barracas instaladas para o comércio informal, segue enfrentando resistências dos vendedores ambulantes. A manhã desta sexta-feira (17) foi de transtorno para quem tentava trafegar pela Praça da Bandeira, logo após equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Regulação do Solo, da Guarda Municipal e Agentes de Trânsito tentarem a retirada das instalações da área pública. A determinação da Prefeitura gerou imediata reação contrária dos camelôs, que dizem ser traídos pela atual gestão pública municipal, sob alegação de que não teriam sido informados de que suas barracas não poderiam funcionar a partir desta sexta e reclamam ainda pelo fato de o poder público municipal não ter definido qual será a nova área a ser utilizada para o comércio informal. Eles dizem que encontrarão dificuldades de sobrevivência, caso sejam remanejados para outro local, sem grande circulação de pedestres. Eles alegam ainda que, num período de crise econômico-financeira, ficarão sem o sustento da família, caso a Prefeitura os retirem da área central do Centro de Abastecimento, onde atuam desde outras gestões.
Em forma de protesto, para tentar impedir a ação da Prefeitura, os vendedores formaram barreiras humanas e até o tráfego de veículos foi interrompido, sendo necessária a presença da Polícia Militar, para contornar a situação. Em nota, a Prefeitura de Jequié informou que foi determinado um prazo de 30 dias para que os ambulantes seguissem as novas regras e partir desta sexta feira estaria proibida a ocupação das calçadas por camelôs nas vias centrais. O assunto gera divergências de opinião em Jequié, com populares se posicionando nas emissoras de rádio com argumentos favoráveis e contrários a retirada dos camelôs.