Jaguaquara: Tom elevado de discursos marca sessão especial sobre segurança pública

Juíza critica falta de investimentos. Fotos: Joselito Araújo/BMF

A sessão especial da Câmara de Vereadores de Jaguaquara, realizada na noite desta quarta-feira (5), para debater sobre segurança pública com as autoridades locais e regionais foi tensa. Com as galerias da Casa lotadas, a sessão proposta pelo presidente Élio Boa Sorte Fernandes (PP), transmitida ao vivo pela Rádio Povo AM (emissora local), começou com o pronunciamento da juíza de direito Dra. Andréa Padilha Sodré Leal Palmarella, tendo enfatizado no início da fala que as autoridades já estão cansadas de falar sobre segurança pública, ressaltando a falta de atenção do Estado e de outras autoridades políticas para as demandas do município no que concerne a segurança pública. ”Sabe o que é que resolve a segurança pública de Jaguaquara? Uma companhia Independente da Polícia Militar. Não depende de números, não depende de estudo técnico, não depende de nada disso a não ser única e exclusivamente da vontade de um homem, depende da vontade do governador”, disse a magistrada.

Comandante Isaías de Jesus representou a Polícia Militar

Em seguida, a juíza disparou: ”Jaguaquara é pagã, que não tem padrinho, e é um problema que eu acompanho há 26 anos. Eu canso de dizer isso, as coisas não chegam aqui, peço desculpas pela forma incisiva que eu falei, mas a verdade é essa”, alfinetou, ao lamentar a falta de investimentos na segurança. Padilha deu como exemplo outras cidades baianas, como Ibotirama, Maracás e Amargosa, municípios menores do que Jaguaquara, onde o Estado instalou Companhias Independentes da PM. A sessão teve a participação, além dos vereadores, secretários municipais e representantes da sociedade civil, da juíza, do promotor de Justiça Lúcio Meira, do prefeito Giuliano Martinelli, Major Rodrigo, Comandante Companhia Independente de Policiamento Especializado – Cipe Central , do Capitão Isaías da 3ª Cia da Polícia Militar e do delegado de polícia, Chardison Castro. *Nota original do Blog Marcos Frahm