Jaguaquara: Sem conseguir se reeleger, vereadora se despede com recado a prefeito e ”puxa-sacos”

Jacilene brada contra ''puxa-sacos''. Foto: Blog Marcos Frahm
Jacilene brada contra ”puxa-sacos”. Foto: Blog Marcos Frahm

Sem obter êxito na disputa pela reeleição, a vereadora e professora Jacilene Silva (PP), ao se despedir dos colegas de Câmara na última sessão do ano realizada na Casa, na sexta-feira (17/12), alfinetou correligionários políticos do prefeito reeleito Giuliano Martinelli (PP), fazendo afirmação de que não vive de Prefeitura e que não precisa se humilhar para angariar cargo na administração pública municipal. ”Ficam dizendo que o prefeito vai me mandar para o Delminda Farias [Escola da Rede Municipal localizada no bairro Casca], eu sou lotada lá, passei em concurso e na minha época eu passei em terceiro lugar e fui eu quem escolheu o Delminda e estou lá com muito orgulho, sou professora. E outra coisa, eu não vivo de prefeitura não. Eu tenho minha financeira, graças a Deus. Não fico me humilhando por cargos e não estou para ser humilhada por ninguém”, bradou. A vereadora, que é docente da Rede Municipal, desde o resultado das urnas fez questão de afirmar, repetidas vezes, na tribuna da Casa, que não defendeu a candidatura do médico Osvaldo Cruz (PSB), derrotado pelo prefeito Giuliano e que votou com Martinelli, mas lamenta, segundo ela, o fato de o gestor acreditar muito em puxa-sacos. ”Apoiei o prefeito, não tem problema nenhum se ele não acredita. E se ele se ele acredita em puxa-sacos, não tem problema, mas em 2020 eu vou estar aqui novamente, vou mostrar para todos quem eu sou e como todos e conhecem eu não tenho medo de nada, só do castigo de Deus”, profetizou.  Eleita vereadora em 2012 com 653, Jacilene Silva Cunha, filha do ex-vereador Aguinaldo Brigão [ já falecido], filiada ao Partido Progressista, mesma legenda partidária pela qual o prefeito foi reeleito, candidatou-se novamente pelo PP e não conseguiu se reeleger em 2016, obtendo 431 votos. Além de Jacilene, outros integrantes da base governistas não foram reeleitos e deixarão o cargo, a exemplos de: Valdenor de Souza, o Bode (PP), Jurandir Araújo, ou Nego de Marambaia, (PRB); a também governista, Marleide Pinto (PP), não disputou à reeleição [ lançou o marido / Everaldo Júnior / não se elegeu]; o oposicionista Adailson Silva, o Mancha (PSB), não se reelegeu e, Zacarias Oliveira, Zeca de Legais (PSB), que declinou da 4ª  candidatura de vereador para disputar vaga de vice, na chapa de oposição, liderada pelo médico Osvaldo, que foi derrotado por Giuliano e também deixará o poder no próximo dia 31 de dezembro.