Jaguaquara: Prefeito lamenta crise financeira, comenta sobre eleições 2016 e diz não temer adversários

Primeira-dama Geisa, Giuliano e Ítalo Amaral
Primeira-dama Geisa, Giuliano e Ítalo. Foto: Blog Marcos Frahm

Em entrevista ao Blog Marcos Frahm, durante ato de reinauguração da Biblioteca Municipal Alyrio Almeida, no bairro Muritiba, o prefeito de Jaguaquara, Giuliano Martinelli (PP), discorreu sobre crise financeira, quais as principais dificuldades enfrentadas pela Prefeitura ao longo da gestão e também comentou sobre a sucessão municipal 2016. Sobre a crise, Giuliano ao falar de dificuldades deu como exemplo o fechamento de prefeituras no Estado de Alagoas, em decorrência da queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios – FPM. ”As pequenas prefeituras de Alagoas já fecharam as portas. Na situação que nós estamos caminhando, como município, isso nos leva a crer que as prefeituras não terá condições de pagar o décimo terceiro e honrar compromissos obrigatórios, com fornecedores, alugueis e tantos outros. Com os reajustes que o governo federal está impondo as prefeituras, hoje, é impossível governar”, lamenta o gestor, e continua. ”Não é uma situação específica de Jaguaquara, é uma situação que passa todos os municípios do Brasil, salve engano aqueles que têm o apoio de royalties, de petróleo, de minério, o que é uma renda extra, e torna o município governável”.

Giuliano se diz preocupado com o não recebimento de verbas do governo, para conclusão de projetos em andamento na cidade, e citou como exemplo a requalificação da Praça JJ – Seabra, obra orçada em R$ 804.728,26, mas concluída pela empresa responsável com apenas pouco mais de R$ 300 mil liberados pelo Ministério das Cidades, que não mais liberou recursos relacionadas ao projeto. ”O que nos preocupa hoje, é você ter uma praça na eminência de ser entregue e a empresa não ter recebido o dinheiro. É você ter dez milhões de convênios aprovados pela Caixa Econômica Federal, em Itabuna, e não ter um centavo. E o mais preocupante é que a crise que o Brasil enfrenta é financeira e também política”, reclama o prefeito.

Apesar das lamentações, o alcaide disse ter boas perspectiva e acredita na melhora da economia e da sua gestão, ao responder indagação de como enfrenta os problemas. ”A situação não é boa. O ano de 2015, significa, para Giuliano, a superação de grande parte dos problemas. Pois, nunca fui político, sair da iniciativa privada com a mesma visão. Hoje, vejo que para se somar, primeiramente, eu preciso amadurecer politicamente e, graças a Deus, ao longo do tempo, gradativamente, a gente vai adquirindo esse jeito de você saber tratar as pessoas, de saber conviver com as adversidades. Então, o governo mudou, o governo amadureceu. Está da forma ideal? Não. Acredito que novas mudanças irão acontecer até o ano que vem”, ponderou Giuliano, sem revelar quais mudanças irão acontecer.

Perguntado sobre rumores de que não teria a pretensão de enfrentar uma nova disputa eleitoral, no caso, a de 2016, Martinelli rechaçou e, afirmou, peremptoriamente, que nunca disse, publicamente, que não será candidato a reeleição. ”Não, nunca falei publicamente”, respondeu, e continuou, mas sem confirmar candidatura: ”Não adianta você dizer para a comunidade que você é candidato se você não tiver o apoio devido para disputar uma candidatura de prefeito e principalmente uma reeleição. É preciso que as coisas aconteçam e eu preciso ter álibi. Jaguaquara não adianta depositar o seu voto numa esperança falsa, Jaguaquara precisa de melhora. Hoje, se você perguntar: Giuliano, você vai disputar o pleito eleitoral de 2016, eu diria que sim, mas é um sim que, mesmo com toda essa afirmação, você tem que aguardar todo o cenário político do Brasil. Eu quero fazer uma pergunta para todos que seguem o blog: hoje, os prefeitos que estão no primeiro mandato têm condições de ir para uma reeleição no momento atual? Não, não tem”, explica o gestor.

Martinelli concluiu alfinetando opositores: ”Hoje, a única situação que está boa é a da oposição. A oposição que não tem clareza do que está acontecendo no Brasil. A oposição vive do quanto pior melhor. É fácil se falar do que está ruim, porque está tudo ruim. A oposição hoje se apega apenas nas falhas do governo, e deveria apontar as falhas administrativas, e não nas falhas financeiras. Então, eu acho, que todas as oposições vão galgar em cima das dificuldades financeiras pelas quais estão passando as prefeituras. Eu não faço hoje porque não tenho condições de fazer, não é porque eu não quero, mas a certeza que eu tenho é de que o povo de Jaguaquara não se esquece do passado. Eu acredito que irão sair inúmeros candidatos pela oposição, por vários partidos, isso é normal, mas particularmente eu não temo nenhum deles”, garantiu o mandatário.