Em Jaguaquara, maior cidade do Território de Identidade Vale do Jiquiriçá, com cerca de 60 mil habitantes, quando o assunto é benfeitoria, a carência por obras públicas no município é logo explícitada nas rodas de conversa. Apesar de ser a maior cidade da região, os moradores, em sua grande maioria, lamentam a falta de investimentos dos governos municipal, estadual e federal em realização de obras. E a problemática do município foi debatida nesta quinta-feira (20), em Salvador, na residência oficial do governador, no Palácio de Ondina, onde o chefe do Executivo baiano, Rui Costa, recebeu o prefeito Giuliano Martinelli que, acompanhado do vereador Nildo Pirôpo, apresentou, de forma documental, os pleitos que o gestor diz ser prioritários para Jaguaquara. Segundo disse o próprio prefeito, em contato por telefone ao Blog Marcos Frahm, na reunião, que também contou com a presença do secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, ficou definido que o Estado irá custear obra de requalificação do Hospital Municipal de Jaguaquara – HMJ, unidade que pertencia a rede estadual e foi municipalizada há 16 anos, cujo projeto para obra foi entregue hoje, instalará um unidade permanente do SAC na cidade e, por meio de concessão de uso, irá ceder ao município o espaço físico do Centro Social Urbano – CSU, no bairro Palmeira, para que a Prefeitura transfira para o local a instalação da Escola Municipal Eraldo Tinoco de Melo, estabelecimento de ensino que foi alagado nas chuvas do últimas mês de março no bairro Lagoa, e que foi desativado pela Secretaria Municipal de Educação. E quanto a segurança pública, área com grandes deficiências estruturais, Rui analisará, através de estudo técnico, a implantação de uma Companhia Independente da Polícia Militar em Jaguaquara. O assunto foi amplamente debatido em sessão tensa na Câmara Municipal de Jaguaquara, no último dia (5), com a presença de representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público, das polícias Civil, Militar e Cipe Central. Na ocasião, Rui Costa, o vice-governador João Leão, o deputado federal Cacá Leão e o próprio prefeito, votados expressivamente pelos munícipes, foram alvos de ”apupos” em discursos de autoridades, inclusive do promotor, em detrimento de cidades de menor porte, como Maracás e Amargosa, contarem com maior efetivo policial e serem sedes de Companhias Independentes da PM, enquanto Jaguaquara, padece de falta de investimentos e ainda perdeu para Jequié a instalação da sede da Cipe. Agora, aos representantes políticos, resta quebrar as arestas, deixar as críticas sofridas de lado e dar a resposta com ”trabalho”.