Itabuna: Após ostentação, polícia apura esquema de pirâmide que pode ter lucrado R$ 200 milhões

Polícia Civil investiga um esquema de pirâmide. Foto: TV Bahia

A Polícia Civil da Bahia investiga um esquema de pirâmide financeira que pode ter lucrado cerca de R$ 200 milhões na cidade de Itabuna, no Sul do Estado. Segundo a polícia, os responsáveis pelo esquema, que ainda não foram presos, atraíam as vítimas com a promessa de ganhar dinheiro com apostas em jogos de futebol. Eles foram descobertos, segundo a polícia, conforme publicou o G1, porque costumavam ostentar dinheiro e bens. Nesta quinta-feira (3), foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na casa de suspeitos de envolvimento no esquema, que não tiveram as identidades divulgadas. A polícia informou que, a depender do resultado da investigação, poderá solicitar a prisão deles à Justiça nos próximos dias. A polícia informou que já vem investigando o caso há oito meses, mas que somente nos dois últimos meses as vítimas começaram a prestar queixa. Nos imóveis onde os mandados foram cumpridos, segundo a polícia, foram apreendidos um drone, um computador usado para armazenar informações bancárias das vítimas, além de um jet ski e uma moto de luxo. ”A gente percebeu que existia uma movimentação financeira de pessoas ostentando riquezas e dinheiro enquanto que a renda delas era incompatível com aquilo”, destacou o delegado Delmar Bittencourt, um dos quatro investigadores que apuram o caso. ”Eles queriam somente o dinheiro, que você entrasse comprando uma cota. Aí, abriam uma conta virtual no nome da vítima e eles pegavam o dinheiro e alocavam em outro local”, destacou o delegado Humberto Matos, da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos da cidade. ”Nós acreditamos, por estimativa matemática, em uma lucratividade de 10%. Ou seja, o golpe gerou um lucro ilícito de R$ 200 milhões”, concluiu Matos. O delegado Delmar Bitterncourt disse também que as vítimas começaram a prestar queixa porque, ao tentarem sacar o dinheiro prometido, descobriam que haviam sido enganadas. ”A gente precisa ouvir as vítimas desse golpe e, futuramente, se a gente conseguir apreender ou bloquear determinados valores, essas pessoas representem para receber seus créditos”.