Desde a semana passada, o anúncio de que o ensino médio vai mudar, feito pelo governo federal, tem deixado os estudantes com muitas incertezas — e não só de quem está em alguma das três séries do ciclo. Mais do que a polêmica mudança nos conteúdos, a reforma significa novidades na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o Ministério da Educação (MEC), a edição deste ano, que acontece nos dias 5 e 6 de novembro, não sofrerá nenhuma alteração. Mas, após o período de adaptação, que inclui 2017, a edição do Enem de 2018 já deve ser um pouco diferente. O MEC ainda estuda as possibilidades e, de acordo com a secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guimarães Castro, uma delas é de que exista uma prova nacional seguida de outra avaliação ”de aprofundamento” na área do curso escolhido. Essa prova — que, de certa forma, lembra a antiga segunda fase de vestibulares como o da Universidade Federal da Bahia (Ufba) — poderia ser feita tanto a nível nacional quanto pela faculdade pretendida pelo aluno. Outra opção, ainda segundo ela, é de que a prova fique mais exigente — e parecida com o vestibular da Fuvest, que seleciona os estudantes para a Universidade de São Paulo (USP). Entre os estudantes, a notícia casou um rebuliço — até porque ninguém sabe, ao certo, como as coisas serão. Aluna do 2º ano do Colégio Bernoulli, Laisa Paiva, 17 anos, está preocupada com o quanto será afetada pelas novidades, já que está no meio do ciclo do ensino médio. ”Se as universidades públicas voltarem com as questões de provas abertas, por exemplo, como uma segunda fase, vai implicar em bastante dificuldade, porque, caso essa segunda fase seja em outro estado, até passagem vamos ter que comprar”, ponderou. Leia na íntegra