O novo Bolsa Família, que está em elaboração no governo federal, quer ampliar as faixas etárias dos beneficiários até jovens com 21 anos. Segundo a nova proposta, eles iriam expandir o pagamento adicional a lares com crianças de até 36 meses (3 anos) e aos que tenham jovens de até 21 anos e preencham pré-requisitos. A previsão do governo é apresentar as mudanças na quinta (12).
Hoje, as famílias que possuem renda de até R$ 178 mensais por pessoa recebem, além do benefício, um extra se houver bebês de até seis meses ou adolescentes de 16 e 17 anos em casa. Além de aumentar as faixas beneficiadas, os auxiliares do presidente Jair Bolsonaro pretendem criar o “benefício cidadania”, que será voltado para famílias pobres. Especialistas acreditam que será o aprimoramento do Benefício para Superação da Extrema Pobreza, existente hoje.
O desafio do governo é definir quais programas serão cortados para abrir espaço para a ampliação do Bolsa Família. O assunto está sendo tratado pelos ministérios da Cidadania e Economia. A única exigência da pasta de Paulo Guedes é que seja definida a fonte dos recursos que vão bancar a mudança.
A ideia de incluir a primeira infância integra também o pacote social apresentado pela deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), no mês passado. A diferença é que a proposta da parlamentar prevê o pagamento do benefício a crianças com até 5 anos, e não 3.