O governador Jaques Wagner criticou nessa quinta-feira (20) a adesão do PT ao protesto sem a definição de uma pauta específica de reivindicação. Afirmando que “o PT tem responsabilidade com a nação”, Wagner disse temer a idolatria ao movimento. “É correto o PT não hostilizar nem criminalizar o movimento. Agora, precisa saber como entra. Não pode engrossar uma coisa difusa. Tenho medo dessa glamourização”. Wagner evitou comentar o teor das entrevistas do presidente nacional do PT, Rui Falcão, que conclamou a militância do PT a engrossar as manifestações. Insistiu, porém, que o papel do partido é identificar as demandas e seus interlocutores dentro do movimento. Não “fazer massa”. Se não, “vira woodstock”. “Tem que organizar a demanda. Está protestando por quê? Como viabilizar? Se não, vira woodstock”, afirmou o governador. E acrescentou: “Com que objetivo o PT pede para a militância entrar no movimento, é para fazer massa? Estou fora. A gente é presidente, governador, deputado… Quem está na rua não está identificando nos partidos políticos veículo de transformação. E o PT faz parte da política. O PT vai para rua fazer o quê? Só dizer que não está contra?”, bradou Jaques Wagner.
Foto: Blog Marcos Frahm