Ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, é preso em nova fase da Operação Lava Jato

Guido é preso em SP. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Guido é preso em SP. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso na manhã desta quinta-feira (22/9) em São Paulo na 34ª fase da Operação Lava Jato. O mandado é de prisão temporária. Segundo o Ministério Público Federal (PMF), o empresário Eike Batista disse em depoimento ter pago US$ 2,35 milhões ao PT a pedido do ex-ministro. À época, a quantia era equivalente a cerca de R$ 4,7 milhões. O advogado de Mantega, José Roberto Batochio, disse que o ex-ministro foi preso no  hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, onde estava com a mulher, que passou por uma cirurgia. ”Ele está sendo retirado da sala de cirurgia por policiais nesse momento”, disse Batochio ao G1 às 7h50. Do hospital, os policiais levariam Mantega até o apartamento do ex-ministro em Pinheiros, na Zona Oeste, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Os policiais já haviam estado mais cedo na casa do ex-ministro. Batochio não soube dizer se foram apreendidos objetos. A atual fase da Lava Jato investiga a contratação, pela Petrobras, de empresas para a construção de duas plataformas (P-67 e P70) de exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas Floating Storage Offloanding (FSPO´s). Segundo a PF, as empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas, mesmo sem possuir experiência, estrutura ou preparo para tanto. A PF afirma que, nesse processo, houve fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da Petrobras. A PF afirma que, no ano de 2012, Guido Mantega ”teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político da situação”. ”Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido”, continua a PF. Leia mais