Esquema criminoso vendia programas de computador superfaturados a prefeituras baianas

PF visitou Assembleia Legislativa. Foto: Divulgação/Polícia Federal)
PF visitou Assembleia Legislativa. Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou a operação Águia de Haia, que revelou um esquema de desvio de mais de R$ 57 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), recurso que é repassado pelo governo federal  às prefeituras para ser aplicado na educação. Prefeitos e secretários de 21 cidades estão envolvidos no esquema – 19 delas ficam  na Bahia, outras três em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. O nome da operação, que  cumpriu 96 mandados de busca e apreensão, além de duas prisões na Bahia, é uma referência ao jurista Ruy Barbosa, conhecido como Águia de Haia. Cerca de 450 agentes participaram da operação, que começou a investigar denúncias em 2013. Os criminosos ofereciam sistemas de gestão educacional para convencer os gestores de participar do esquema. No pacote vendido,  havia a promessa de criação de um portal na internet e implantação de um programa de aulas interativas, além de gestão informatizada da educação municipal e capacitação de professores e alunos. Os criminosos convenciam as prefeituras a contratar o serviço, com a promessa de melhorar o desempenho da cidade no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e, consequentemente, aumentar os repasses do Ministério da Educação (MEC). Leia mais