Concorrente ao governo do estado em 2022, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) ainda não definiu se irá concorrer novamente em 2026. Apesar disso, mesmo com algumas possibilidades aventadas para a chapa governista, apurações realizadas pelo Bahia Notícias com lideranças e interlocutores do entorno de ACM Neto apontaram que mesmo com o ”trio de governadores” na chapa, não traria impacto na decisão de Neto.
Recentemente, o senador Jaques Wagner (PT) fez questão de confirmar que iria disputar a reeleição, incluindo o atual governador Jerônimo Rodrigues nas urnas. Já o atual ministro da Casa Civil Rui Costa também estaria articulando uma disputa ao Senado, além de ser aventada a posibilidade de retornar ao governo baiano. Mesmo com a “trinca” estando nas urnas, o fato não estaria no cálculo político do ex-prefeito da capital.
Mais ativo nas redes sociais, Neto intensificou os rumores para uma eventual candidatura em 2026, movimentando as críticas com relação ao gestão estadual, apesar do próprio Neto não confirmar que estará na disputa. ”Isso ainda não está sendo tratado. A eleição de 2026 não está na pauta, não me coloco como pré-candidato em absolutamente nada. A prioridade é 2024, com eleições municipais. Essa é a nossa prioridade e 2026 será tratado somente em 2025”, apontou ao Bahia Notícias.
Inclusive, um dos motivos do “reforço” nas aparições de ACM Neto em pautas locais também seriam as pesquisas internas que estariam sendo realizadas. Aliados de primeira hora de Neto sinalizaram que os resultados estariam ”animando” o ex-prefeito.
Entre elas, tanto as que avaliam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto as para consumo interno, propostas pelo próprio ex-prefeito para compreender a aceitação da gestão de Jerônimo Rodrigues (PT) frente ao governo da Bahia. Com ”resultados animadores”Neto estaria de certa forma aproveitando a eventual ”rejeição” à gestão de Jerônimo apontada nos levantamentos.
Com candidaturas ligadas ao União Brasil e a busca por um aumento de prefeitos, Neto deve se dividir entre a participação na campanha a reeleição de seu principal aliado, o prefeito de Salvador Bruno Reis (União), e o interior do estado, incluindo a região metropolitana, local em que o partido deve ter um ”foco especial”.