Em maus lençóis, presidente da Câmara de Jequié é condenado por improbidade administrativa

Jornalista Souza Andrade entrevista Zé Simões
Imagem: Jornalista Souza Andrade entrevistando Zé Simões

O presidente da Câmara de Jequié, José Simões de Carvalho Júnior (PP), condenado pela Justiça, poderá perder o cargo. Zé Simões está em maus lençóis, vivendo dias de crise e constrangimento. Além de denunciado ao Ministério Público do Estado (MP-BA), no último dia (5) de novembro, por ter exonerado servidores da Câmara sem pagar os vencimentos de outubro, Simões foi condenado pela Justiça de Jequié, pela prática de ato de improbidade administrativa prevista nos arts. 10 e 11 da lei 8.429/1992, às sanções previstas na mesma lei, consistente em: 1) ressarcimento integral do dano material causado, equivalente a R$ 216.727,38 devidamente atualizado desde a data do fato; 2) perda da função pública; 3) suspensão dos direitos políticos por 8 anos; 4) Pagamento de multa civil de R$ 50.000,00; 4) proibição de contratação com o poder público ou receber incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 05 anos. Também foi condenado o ex-diretor da Câmara, Miguel Caricchio de Santana, que terá que fazer ressarcimento integral do dano material causado, equivalente a R$ 216.727,38 e pagar multa Civil de R$ 400.000,00; 4). Ainda foi condenado o ex-tesoureiro José Ricardo Gomes de Oliveira, com pagamento de multa Civil de R$ 5.000,00; 4). Há que diga que, a situação do presidente da Câmara de Jequié, é mais complicada do que se imagina. Além dos processos que enfrenta, ele ainda ganhou como inimigos políticos os seus dois padrinhos e antigos correligionários, os deputados Euclides Fernandes (PDT) e Roberto Brito (PP), que depois de muitos anos deixaram de ter o apoio de Simões. Nas últimas eleições, Zé optou por apoiar Leur Lomanto Júnior (PMDB) e Paulo Magalhães (PSD). Ainda amargou as derrotas de Paulo Souto (DEM), Geddel Vieira Lima (PMDB) e do presidenciável Aécio Neves (PSDB).