Eleições 2020: Resultados das urnas influenciarão crise da covid e carreiras políticas

Cinquenta e sete cidades com 26% do eleitorado brasileiro (38,2 milhões de pessoas) vão novamente às urnas neste domingo para escolher o prefeito dos próximos quatro anos. Nas duas principais capitais, os dois candidatos à reeleição chegam ao dia da votação em situações distintas. Enquanto Bruno Covas (PSDB) lidera a apertada disputa em São Paulo contra Guilherme Boulos (PSOL), no Rio Marcelo Crivella (Republicanos) está bem atrás do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM).

Na eleição em meio ao recrudescimento da pandemia no Brasil, um fator uniu candidatos de diversos partidos preocupados com a própria popularidade: da situação à oposição nos municípios, ninguém quis se comprometer com medidas de restrição da economia ou da circulação de pessoas que pudessem acarretar prejuízos nas urnas.

O vírus, porém, ignorou o calendário eleitoral. Na disputa de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), o favorito a vencer segundo as pesquisas, está internado numa UTI em São Paulo. Justamente na capital paulista, Boulos, a surpresa do primeiro turno nas grandes cidades, não poderá votar porque está em isolamento após o diagnóstico de Covid.

Além da urgência de gestão pública em meio ao aumento de casos e mortes, a eleição será determinante também para o futuro dos políticos submetidos ao voto.

A disputa no Rio recoloca Paes e Crivella em momentos bem diferentes das carreiras. Depois de deixar a prefeitura com boa popularidade, o agora candidato do DEM sofreu reveses consecutivos no Rio e se viu obrigado a recomeçar. Deve derrotar um político que também reescreveu sua trajetória. Crivella acumulou insucessos eleitorais, e elegeu-se prefeito há quatro anos quando procurou afastar-se do estigma de líder religioso e enfrentou adversários que sofriam com alto índice de rejeição.

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