Delegado fala da operação contra jogos de azar em Jequié

Em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (28), o delegado Fabiano Aurich, coordenador da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia Civil, comentou a mega-operação que foi desencadeada no início manhã, de combate aos jogos de azar em Jequié, conjuntamente pela Polícia Civil e o Ministério Público Estadual-MPE. De acordo com Fabiano, com o cumprimento de mandados de buscas e apreensões, a operação intitulada ‘‘Ponta de Lança”, apreendeu 80 máquinas caça níqueis, efetuou apreensões de talonários (pules), aparelhos computadores e dinheiro em um prédio utilizado por uma empresa para administrar o jogo do bicho na cidade. O delegado afirmou que vem sendo desencadeada desde 2012 em todo o Estado.  “Quero esclarecer que esta é uma operação que vem sendo desencadeada desde o ano passado em todo o estado da Bahia e, que agora chegou com mais intensidade em Jequié”, disse.

As diligência iniciadas no começo da manhã de hoje envolveram 19 delegados de polícia, 60 policiais de Jequié e municípios da região de uma equipe de agentes destacada de Salvador, além do apoio do coordenador da 10ª Coorpin,  com sede em Vitória da Conquista, delegado Odilson Pereira Silva. O delegado Fabiano Aurich revelou que a partir do mês de março quando chegou em Jequié, para assumir a coordenação regional da Polícia Civil, ficou estarrecido com o número de máquinas caça níqueis funcionando livremente em pontos comerciais da cidade. “Trata-se de uma contravenção penal, com o agravante de que as pessoas, adultas e de menor idade, são lesadas por máquinas viciadas, programadas para ganhar o dinheiro dessas pessoas”.O coordenador regional de polícia explicou que para  os donos dos estabelecimentos onde foram apreendidas essas máquinas é lavrado o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), pela prática da contravenção, para o mesmo ser processado, apesar de admitir que se trata de um delito de menor potencial ofensivo.

Com relação ao jogo do bicho, que o delegado admitiu envolver uma questão social torna-se mais difícil a identificação dos verdadeiros donos, em face de envolver muito dinheiro e ramificações em vários municípios. O dinheiro apreendido no escritório base do jogo do bicho em Jequié, na avaliação do delegado, mais de R$ 15 mil, está sendo encaminhado ao Banco do Brasil para contagem e depósito judicial, cabendo a destinação final dos valores ser decida pela Justiça. Serão lavrados autos de infração para as pessoas identificadas como participantes (disse que os nomes não poderiam ser revelados naquele momento) do esquema de administração do jogo do bicho. Esclareceu ainda o delegado, que os estabelecimentos comerciais onde foram apreendidas as máquinas caça níqueis, desde que tenham o alvará de funcionamento expedido pela prefeitura, poderão desenvolver normalmente as suas demais atividades comerciais.

Fotos: Blog Marcos Frahm