Delegada de polícia narra detalhes da ação policial que deixou quatros mortos em Itiruçu; ”Eu só sinto pelas famílias”

Delegada Maria do Socorro Damásio comentou a ação policial em Itiruçu

A delegada titular da Delegacia Territorial de Itiruçu, Maria do Socorro Damásio, comentou, em entervista à Rádio Comunitária Itiruçu FM na manhã desta sexta-feira (25) sobre à Operação RONDIT realizada conjuntamente entre as polícias Civil e Militar na tarde de quinta-feira (24) e que resultou na morte de quatro jovens na cidade.

De acordo com Socorro, as mortes foram registradas como Auto de Resistência e os quatro jovens mortos estariam homiziados em uma casa na Rua do Café e as informações que chegaram para a polícia davam conta de que os mesmos estariam armados e planejando crimes, o que motivou a ação.

”Quando a gente recebe informações, são filtradas, se são verídicas ou não. Foi feito um serviço de inteligência e os jovens estavam nessa residência na Rua do Café, havia a informação de que tinha drogas, armas e a polícia foi lá para fazer a averiguação. A polícia não foi para matar, isso eu garanto. Foi para averiguar e prender, ocorre que, na chegada, na hora que a polícia dar aquela voz de comando, os meliantes devolveram a ordem realizando disparos de arma de fogo. É aí é onde entra a finalidade do estado, da polícia, que é não deixar que o crime aconteça”, justifica a delegada, relevando que os atingidos estariam planejando crimes, que houve troca de tiros e que quatro jovens não resistiram. Um quinto envolvido foi baleado e socorrido ao Hospital Geral Prado Valadares – HGPV, onde permanece internado após ser submetido a procedimento cirúrgico.

”O que houve foi uma troca de tiros. Eu só sinto nesse momento pelas famílias, que muitas vezes não sabem onde seus filhos estão e o que estão fazendo. É triste? É. Mas tem indivíduos que não obedecem o comando”, disse Maria do Socorro.

Já a PM, através da 93ª CIPM, publicou release informando que, na ação, foram apreendidos: seis armas de fogo, coletes balísticos, munições e outros objetos ilícitos. Os mortos foram identificados como: Kainan Assiss dos Santos, natural de Jaguaquara, 21 anos, Lázaro Lucas Souza, 17, de Itiruçu, Jaques da Conceição Machado, 35, natural de Gandu, e Caio Santana Agarão, 21, de Jaguaquara. Os corpos passam pelo processo de necropsia no IML de Jequié e já liberados aos familiares.