Dos 48 jogos da fase de grupos desta Copa do Mundo, o último deles – com certeza – era o menos esperado pelos torcedores. Panamá e Tunísia, já eliminados, se enfrentaram em Saransk apenas para cumprir tabela. Mas, se a expectativa era de um jogo sem graça e sem qualidade, até que se surpreendeu. Qualidade faltou, é verdade, mas a vitória por 2 a 1 dos africanos foi bem movimentada e ambos mostraram vontade em campo. Quem largou na frente foi o modesto Panamá, estreante em Copas do Mundo. E se as chances de vencer Inglaterra e Bélgica não existiam, desta vez, eles poderiam sonhar. Ainda no primeiro tempo, fizeram certa pressão em busca do resultado e conseguiram: Rodríguez, de apenas 20 anos, tabelou com o zagueiro Torres e chutou de longe. A bola desviou, enganou o goleiro e morreu no fundo das redes. Parecia que a festa seria dos panamenhos, mas… A Tunísia, mesmo sem grandes nomes, tem um sistema ofensivo bem montado. Não é exagero: os africanos marcaram cinco gols nos três primeiros jogos – mais que França, Argentina e Alemanha, por exemplo. Khazri, o camisa 10, já havia marcado contra a Bélgica e balançou as redes mais uma vez, tornando-se o maior artilheiro da história do país em Copas. O time fez boas triangulações ofensivas e os dois gols mostram bem o entrosamento na frente.