Crise: Prefeitura de Lauro de Freitas demite cinco dos sete médicos do Samu

Profissionais foram demitidos. Foto: Reprodução
Profissionais foram demitidos em Lauro. Foto: Reprodução

Nesta semana, o município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, demitiu cinco médicos que integravam a equipe da Unidade de Saúde Avançada (Usa), do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com a Secretaria de Saúde do município (Sesa), a equipe será remanejada até a próxima semana. A secretaria afirmou que, enquanto os profissionais não são substituídos, o atendimento nas Usas será feito pelas unidades da capital. Mas, segundo o coordenador de urgência e emergência de Salvador, Ivan Paiva, não há como as demandas de Lauro serem atendidas por Salvador. ”A central de Salvador regula dez municípios. Quando recebemos o chamado, direcionamos para uma unidade do próprio município para que o atendimento seja mais rápido”, explicou ele. ”Se atendo uma demanda de Lauro de Freitas, deixo de atender alguém em Salvador. Sem falar que o atendimento irá demorar muito. Nesses casos, o paciente não pode esperar”, completou o coordenador do serviço da capital. O Samu de Lauro de Freitas contava com sete médicos. De acordo com o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), os cinco demitidos estavam contratados há oito anos de forma precária – ou seja, não eram concursados. Em nota, a Sesa informou que vários funcionários da prefeitura foram demitidos devido à readequação da folha orçamentária determinada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, as Unidades de Saúde Avançadas são destinadas a atendimentos de urgência mais complexos, como infarto e AVC. ”Esses médicos têm treinamentos específicos. Já chegam ao local prontos para fazer os procedimentos necessários para que o paciente não tenha sequelas. Não dá para colocar qualquer médico no lugar”, afirmou ele. Esta semana, os profissionais demitidos se reuniram com o presidente do sindicato para discutir possíveis medidas judiciais a serem tomadas. ”Nós já provocamos o Ministério Público de Lauro de Freitas, pois, segundo a lei eleitoral, até três meses depois da eleição não se pode desativar um serviço público”, disse Magalhães. Informações do Correio