Com vários hits, Carnaval de Salvador 2017 chega ao fim sem uma canção unânime

Santinha, de Léo Santana, está no páreo. Foto: Max Haack

O Doce, Taquitá, Santinha, Mulheres no Poder. O Carnaval deste ano não foi de uma música só disparada na preferência dos foliões e na execução dos artistas, mas de várias sendo cantadas na boca do povo em mais de 700 horas de música tocada nos circuitos, segundo a Saltur.  Foi um Carnaval difuso no quesito trilha sonora. Canções como “Deu onda” e “Me Libera, Nega”, por exemplo, relaxaram corpos e mentes na avenida, mas não cumpriram a expectativa criada ao longo do verão. Já o hit “Oêêê”, da banda La Fúria, pouco tocado pelos outros artistas na sua versão integral, virou refrão espontâneo puxado pelos foliões pipoca. Falando na pipoca, a nova música de Armandinho homenageou quem nos últimos anos voltou a ganhar espaço na festa. “Pra que corda? / Se a pipoca tá com a corda toda / Pra que corda? / Abaixe a corda que a pipoca vai passar”, cantarolou o filho de seu Osmar na composição feita em conjunto com o irmão Aroldo Macêdo e Octácio Aguiar. Coerente com esta edição em que o Carnaval homenageou os 70 anos de Moraes Moreira, autor do “hino” Chame Gente. A estudante Michelle Santos, 22 anos, foi uma das tantas (e tantos) que fizeram o L com a mão direita, gesto usado pelos fãs de Léo Santana para idolatrar o cantor. “Acho que Santinha foi a melhor música que ouvi nos últimos Carnavais. Quando tocava essa música, o povo ficava doido. Gosto muito de Xanddy, mas este ano não teve nenhuma música dele como Santinha. Neste ano, Léo ganhou de Xanddy, com certeza!”, disse Michelle, em uma comparação que indica a elevação de patamar alcançada por Léo Santana sete anos após o Carnaval do Rebolation. *Correio