Os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, paralisaram as atividades nesta sexta-feira (6), em protesto contra as más condições de funcionamento do serviço de socorro no município. Apenas 30% do efetivo está em atividade, segundo a categoria. Os funcionários denunciam que as ambulâncias usadas para atender à população estão sucateadas, com a suspensão solta, pneus carecas, sem cinto de segurança e sem oxigênio nos cilindros. Além disso, segundo a categoria, o rádio e o telefone da base do Samu na cidade estão quebrados, além de não haver estrutura para higienização das macas após o atendimento. ”A sala de higienização deveria ter um tanque e uma pessoa de serviços gerais para fazer essa higienização. Existe apenas uma mangueira. Quando chegam os dejetos com sangue, são os próprios funcionários, socorristas, técnicos de enfermagem, que fazem esse trabalho, que deveria ser feito por um assistente de serviços gerais”, denunciou Joaques Silva, presidente do Sindicato Funcionários Públicos de Ilhéus. De acordo com a categoria, o serviço de atendimento possui seis ambulâncias no município, sendo quatro básicas e duas avançadas, mas apenas uma básica e uma avançada estão em operação. As demais, conforme os trabalhadores, não funcionam. Também estão paradas as duas motocicletas do serviço, porque não estão habilitadas pelo Ministério da Saúde. A secretária de Saúde de Ilhéus, Elisangela Oliveira, informou que está tomando providências urgentes pra resolver esses problemas com o serviço e que esteve com o ministro da Saúde para tratar sobre o assunto.