Cirurgia de gêmeas siamesas baianas em Goiás acontece em tempo recorde

Julia e Fernanda têm estado grave, mas estável. Foto
Julia e Fernanda têm estado grave, mas estável. Foto. HMI

Terminou por volta das 14h desta quarta-feira (13/1), a cirurgia de separação das gêmeas Júlia e Fernanda Neves, de 5 meses, no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. De acordo com os médicos, a operação ocorreu conforme o esperado e durou cerca de cinco horas. As bebês estão em estado grave, mas estáveis. Elas respiram com ajuda de aparelhos e continuam sedadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica. Cerca de 15 profissionais estiveram envolvidos na operação, entre cirurgiões pediátricos, anestesistas, ortopedistas, médicos intensivistas, cirurgiões plásticos, cirurgiões vasculares, pediatras, enfermeiros, cardiologista, entre outros. De acordo com a assessoria do hospital, o procedimento, que durou cerca de 5h30, ocorreu em tempo recorde.  ”Nós conseguimos operá-las em um tempo breve. É um trabalho de equipe, e nós estamos junto desde 2000. Todos já conhecem o passo a passo do que pode ocorrer. A equipe é fundamental em uma cirurgia desse porte”, afirmou o cirurgião pediátrico Zacharias Calil.

Julia e Fernanda eram unidas pelo tórax. Foto: TV Anhanguera
Irmãs gêmeas eram unidas pelo tórax. Foto: TV Anhanguera

As irmãs, que eram unidas pelo tórax e abdômen, compartilhavam o fígado e uma membrana do coração. Elas nasceram em Itamaraju, no interior da Bahia. Por conta da condição delas, os pais, Valdenir Neves e Lindalva Nascimento de Jesus, decidiram seguir para a capital goiana, em agosto do ano passado, para obter a cirurgia de separação. Desde então, a família vivia na Casa do Interior. O cirurgião Zacharias Calil, responsável pela cirurgia, destacou que as gêmeas precisavam passar pelo procedimento o quanto antes, já que Júlia, irmã um pouco maior, estava absorvendo os nutrientes da bebê menor, Fernanda.