Campanhas começam com aglomerações em cidades baianas; TRE pede que juízes impeçam movimentos

Passeata do prefeito de Riachão do Jacuípe. Foto: Reprodução
O primeiro dia oficial de campanha para as eleições municipais foi marcado por algo que há meses se tenta evitar: aglomerações. Iniciada no domingo (27), a corrida dos candidatos às prefeituras e às câmaras de vereadores já desrespeitou regras básicas de controle e segurança implementadas durante a pandemia.

O Jornal Correio publicou fotos e vídeos dos eventos de campanha em cidades como Itapetinga, Riachão do Jacuípe, Pojuca e Presidente Tancredo Neves que circularam nas redes sociais. Os inúmeros registros, alguns compartilhados pelos próprios candidatos, mostram aglomeração de pessoas sem máscara, apertos de mão, abraços: tudo aquilo que o coronavírus ensinou a evitar.

Na campanha deste ano, há restrições específicas geradas pela pandemia nos atos realizados pelos candidatos, tais como: obrigatoriedade do uso de máscara e limitação de 100 pessoas por evento – número passível de alteração de acordo com a realidade de cada município. A punição pelo descumprimento das orientações pode ir desde multa, cassação de registro até inelegibilidade por oito anos, segundo o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).

”O político que desrespeitar essas regras perderá o apoio que mais busca, o do eleitor. Esse assunto já foi tratado com autoridades municipais e estaduais, que estão atentas para evitar aglomerações como as que já aconteceram nas convenções. Acho prudente que os juízes eleitorais agora chamem os candidatos para um diálogo sobre a importância de promoverem campanhas conscientes da situação que estamos enfrentando”, afirmou o presidente do TRE-BA, desembargador Jatahy Júnior, à época da publicação das regras, contidas na Resolução 30/2020, na semana passada.