Angústia ronda mais de uma centena de pais, mães de famílias e jovens de Jequié, que se aventuram diariamente na luta pela sobrevivência, comercializando produtos diversos, em tabuleiros, carrinhos e barracas instaladas por ruas e calçadas da Cidade Sol. A última segunda-feira (27), foi mais um dia de ”tolerância” por parte da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Regulação do Solo e Meio Ambiente, que não inviabilizou a presença dos ambulantes nos seus habituais locais de trabalho, enquanto seus prepostos se dedicavam a estruturar um terreno lateral da Rua Artur Alves Pereira (próximo ao Centro de Abastecimento Vicente Grillo), para onde esse modelo de atividade comercial será transferida. O local começou a receber um revestimento à base de cimento para melhor adequar os informais. O camelô Arlindo Bispo, 65 anos de idade, grande parte dos quais trabalhando no comércio ambulante de Jequié, é uma das muitas pessoas que atuam no setor, que demonstra maior indignação com a iniciativa, colocada em prática pela Secretaria de Infraestrutura. ”O secretário Fabrício Borges, não aceita o diálogo. Age de maneira ditatorial, decidiu tá decidido”, afirmou Bispo, em entrevista a Rádio (93 FM). O secretário Fabrício Borges, também foi convidado para o debate no Programa A Semana em Revista, do qual Arlindo participou, mas, respondeu por ofício, que um compromisso anterior no mesmo dia e horário, inviabilizavam sua presença. Para Arlindo Bispo, ”a administração Sérgio da Gameleira está querendo nos esconder em um local que irá inviabilizar o nosso comércio, com o qual sustentamos a nossa família”. Para ele, a Praça da Bandeira, com horário pré-determinado para funcionamento seria a melhor alternativa ou o espaço de estacionamento em frente ao Shopping Popular. ”Enquanto tivermos força vamos resistir. Não somos ladrões. Queremos que nos seja dado o direito de trabalhar honestamente, Exigimos respeito e continuaremos lutando”, afiançou o camelô Arlindo Bispo. *Por Wilson Novaes