O deputado federal Cacá Leão (PP) defendeu o seu voto que ajudou nesta quarta-feira (25) a livrar o presidente Michel Temer de ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Durante mobilização da União dos Municípios da Bahia (UPB) nesta quinta (26), em Salvador, o parlamentar apontou que apesar de ter votado pelo arquivamento da denúncia, ele não quis dizer que o presidente não é culpado pelos crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), conforme publicação do site Bahia Notícias. Segundo Cacá, seu voto também foi motivado pela estabilidade política do país. ”A gente tem que separar as coisas. Tem uma questão que é a economia do nosso país, tem uma questão que é a instabilidade política que tem trazido muitos danos para a sociedade como um todo. Ninguém está inocentando o presidente Michel Temer, ninguém está dizendo que ele não é culpado. O que está se dizendo é que a partir de 1º de janeiro de 2019 ele vai responder ao seu processo na justiça comum”, argumentou Cacá. Ele foi um dos 14 deputados baianos que votou a favor de Temer nesta quarta. A maioria dos parlamentares do estado, no entanto, se posicionou pela continuidade da denúncia. Ao Bahia Notícias, Cacá afirmou que uma eleição direta ”seria importante” para o país, mas a alternativa não é viável no momento. ”Ao tirar o presidente da República, a gente viveria meses de instabilidade com um governo interino presidido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Depois iria se buscar uma eleição indireta, dentro do Congresso Nacional, que é o que o povo não quer. Se você tirasse o presidente Michel Temer e pudesse fazer uma eleição direta, uma antecipação, seria importante, mas infelizmente isso não é possível”, disse.
