Cabeleireiras e costureiras têm mais risco de câncer de ovário, aponta estudo de revista científica Occupational and Environmental Medicine

Segundo uma pesquisa revelada por cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá, apontou que algumas mulheres em profissões específicas têm maior probabilidade de desenvolver câncer de ovário. Cabeleireiras, esteticistas, vendedoras e profissionais da construção civil e até contadoras aparecem na lista da universidade, divulgada pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

O estudo, que foi publicado na revista científica Occupational and Environmental Medicine na última segunda-feira (10), constatou dados de 491 canadenses com o câncer e depois comparou com as informações de 897 mulheres sem a doença.

Foram observados fatores de risco comuns da condição, como não ter filhos, uso de medicamentos, altura e peso, além de estilo de vida. Os cientistas responsáveis pela pesquisa revelaram ainda que mulheres que atuam na profissão de costureira têm 85% mais chance de desenvolver a condição, enquanto as vendedoras têm 45%. Já as cabeleireiras e esteticistas que atuam há mais de 10 anos na profissão teriam 33% mais risco de ter o câncer.

De acordo com os pesquisadores, as cabeleireiras com possibilidades de desenvolver câncer de ovário estão nesta condição devido a exposição a elementos químicos, como talco, amônia, água oxigenada, pedaços de cabelo, fibras sintéticas e de poliéster, corantes orgânicos, pigmentos e alvejantes.

Foram analisadas ainda a concentração e frequência de exposição para cada tipo de trabalho e agente. Os pesquisadores revelaram que ainda não se sabe  se o desenvolvimento do câncer de ovário estaria relacionado a só um dos agentes, ou a uma junção de outros fatores encontrados nos locais de trabalho. Em alguns desses casos fatores externos podem também ter acontecido.

Dor, inchaço no abdômen, pelve, pressão, costas ou pernas, náusea, indigestão, prisão de ventre, diarreia e cansaço constante podem ser sintomas associados à doença. Para encontrar o diagnóstico da doença  é necessário participar de consultas regulares ao ginecologista e realizar exames de acompanhamento.