A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (26) que a bandeira tarifária de junho será verde. Dessa maneira, não haverá cobrança extra na conta de energia no mês que vem. Em abril e maio, a bandeira tarifária ficou na cor vermelha, patamar 1, e os consumidores pagaram uma taxa extra de R$ 3 a cada 100 kWh consumidos. Segundo a Aneel, ”os fatores que contribuíram para o retorno da bandeira verde foram a maior afluência das vazões que chegaram aos reservatórios das hidrelétricas em maio de 2017 e a perspectiva de redução do consumo de energia elétrica.” Em abril, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, havia afirmado que a tendência era que a bandeira tarifária continuasse vermelha até novembro. Isso porque as regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde estão as principais hidrelétricas do país, já estavam entrando no período seco, que dura até o mês de novembro. A evolução das cores da bandeira tarifária indica que o custo de produção de energia no país aumentou nos últimos meses. Isso está relacionado com a chuva abaixo do previsto, o que acaba reduzindo o armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas ou fazendo com que esse armazenamento suba menos que o esperado. Quando isso acontece, aumenta a necessidade de uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara que a das hidrelétricas (as termelétricas usam combustível para produzir eletricidade). Por isso, sobe a cobrança extra da bandeira nas contas de luz. A bandeira ficar verde quando há pouca ou nenhuma necessidade de geração de energia por termelétricas. Se essa necessidade aumenta um pouco, a bandeira fica amarela, e passam a ser cobrados R$ 2 dos consumidores a cada 100 kWh consumidos. Quando o custo sobe muito, a bandeira, então, fica na cor vermelha e pode variar entre dois patamares. A cobrança extra nas contas de luz varia de R$ 3 a R$ 3,50 para cada 100 kWh usados.