A porta de entrada do Sistema Único de Saúde para os chamados atendimentos primários deve ser sempre uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Em Jequié, porém, de 1º até o dia 23 deste mês de janeiro/2014, o Hospital Geral Prado Valadares (HGPV) atendeu 4.323 pacientes. A informação é do diretor geral da citada unidade, Gilmar Vasconcelos. Ele explica que, “quando se trata de um caso de urgência ou pequena emergência, o paciente deve ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas), o que não existe mais em nossa cidade”, lamentou. Segundo ele, o sistema deveria funcionar de forma hierarquizada com fluxo bem definido, permitindo que pacientes de outras cidades sem hospital fossem atendidos em UPA, em vez de serem levados diretamente ao Prado Valadares. O diretor lembra que, com a descentralização das ações do Sistema Único de Saúde (SUS) é atribuída aos municípios a responsabilidade pelo atendimento básico de saúde. Os custos dos procedimentos básicos na rede primária são garantidos pelos repasses federais realizados mensalmente, mais contrapartidas estaduais e municipais. Além desses incentivos os municípios também podem fazer ações mais complexas, dependendo de sua estrutura. “Com o Pacto pela Saúde a prefeitura recebe por aquilo que se propõe a fazer”, explica o diretor do HGPV.
Em nota, a direção do Prado Valadares informa que há mais de 15 anos os hospitais deixaram de receber verbas federais para o atendimento primário a fim de centrar seu foco nos casos mais complexos que não podem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou hospitais de menor porte. “Isso significa que a porta de entrada do sistema não é o hospital, e muito menos o hospital do porte do Prado Valadares”, disse o diretor nesta sexta-feira, 24/01/2014..
