Assembleia é a pauta da vez

Dezembro e janeiro prometem muita movimentação na Assembleia, mesmo que de forma virtual. Tecnicamente, há série de decretos a serem votados e também a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2021. E politicamente há eleição da mesa diretora, até 2 de janeiro.

Eis a questão: em 2018, pelo acordo firmado, Nelson Leal, do PP de João Leão, ficaria e depois passaria o bastão para Adolfo Menezes, do PSD de Otto Alencar. Agora, Nelson se queixa intramuros que herdou um déficit de R$ 170 milhões do hoje senador Ângelo Coronel, também do PSD, e este ano veio a pandemia. Ou seja, só cumpriu tabela.

Nessa, o melhor dos mundos para ele seria o TSE aprovar a tese da reeleição para a Câmara e Senado. Não deu. Agora, ele teria que aprovar a toque de caixa uma emenda constitucional reabilitando a reeleição na Assembleia, o que depende de pelo menos 38 votos dos 63 deputados. Dizem na Alba que ele até tem isso, mas só com aval de Rui Costa.

Sem briga

Embora o PP de Leão queira permanecer no comando da Alba, Rui Costa tem dito que é contra, tanto pelo princípio da reeleição quanto para cumprimento do acordo feito em 2018.

De qualquer forma, Rui Costa estará no olho do centro decisório, até porque 2022 está chegando. ACM Neto é um adversário competitivo e adoraria ver um racha na base governista.

Os aliados de Otto e Leão sinalizam que tudo será resolvido no diálogo. Ninguém quer briga neste momento. Só Neto ganharia.

*Por Levi Vasconcelos, jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.