Após receber alfinetadas de Rui, prefeito de Conquista recua e decide aderir ao consórcio de saúde

Herzem Gusmão se rede e adere a Policlínica. Foto: Reprodução

Algumas horas depois do governador Rui Costa inaugurar a Policlínica de Jequié e viajar para a cidade de Vitória da Conquista, para formalizar com um grupo de prefeitos o protocolo de intenções para a formalização do Consórcio Público de Saúde da Região de Vitória da Conquista e Itapetinga e a construção da Policlínica na cidade, o prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), que estava decidido a não aderir ao consórcio, voltou atrás e decidiu aderir ao consórcio.  Herzen, não estava satisfeito com o processo porque queria indicar a secretária municipal de Saúde, Ceres Almeida, como diretora da unidade, mas o governo não aceitou. Após reunião com o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas Boas, houve um acordo e o município participará do consórcio com 10% dos 60% destinados aos municípios. Os 40% restantes são custeados pelo governo estadual. ”Eu considero o doutor Fábio um técnico de excelência e tenho as melhores relações com ele. O que falta no governador, sobra em doutor Fábio, que tem um trato polido quando se trata das relações institucionais. Então, o governador tem tensionado, mandado recados. Sentamos com o secretário, fizemos a proposta e ele aceitou. Conquista entra com apenas 10% do financiamento”, disse o prefeito em entrevista. Os 10% da participação da Prefeitura de Conquista. Ao discursar na inauguração da Policlínica de Jequié, o governador Rui Costa salientou que o sucesso dos modelos da Policlínica é atribuído ao modelo de gestão, que não tem interferência do Governo do Estado no cargo de direção do equipamento. ”Para fugir de uma eventual disputa política, entre lideranças, e garantir uma postura profissional às unidades, foi realizada uma seleção pública para a escolha dos diretores e diretoras das policlínicas. Além disso, os selecionados passaram por um treinamento de capacitação, por um período de um ano e meio, para poderem gerir esse serviço que agora se concretiza. Nenhum deles foi escolhido pelo governador, deputados ou prefeitos. Acho importante destacar esse modelo, que foi adotado do Estado do Ceará, de onde, como já falei anteriormente, pegamos como exemplo o método dos consórcios de saúde com os municípios para a implantação das policlínicas regionais”, explicou Rui. A unidade de Jequié contou com investimento de R$ 22 milhões, utilizados na realização de obras civis e compra de equipamentos, e oferece atendimento para 14 especialidades, com previsão de ampliação. A unidade ainda emprega mais de 80 profissionais, entre médicos, enfermeiros e apoio administrativo, ”as policlínicas têm um padrão de qualidade melhor do que muitas clínicas particulares”, afiançou.