O governador Rui Costa afirmou que não teme a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas irregularidades na compra de respiradores no início da pandemia da Covid-19. A bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) protocolou, na terça-feira (26), um requerimento para a instalação da Comissão (veja aqui).
O assunto voltou à tona após a deflagração da Operação Cianose, da Polícia Federal, também na terça, que cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Salvador, Distrito Federal, e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Na capital baiana, a PF cumpriu mandado no Edifício Victory Tower, condomínio de luxo no Corredor da Vitória. Entre os alvos da ação, estão o ex-secretário da Casa Civil do governo da Bahia, Bruno Dauster e Cleber Isaac, tido como um dos intermediários entre o governo com as empresas Hempcare e BioGeoenergy (saiba mais aqui).
”Não tenho receio nenhum, se a oposição quiser não tem problema nenhum”, disse o governador durante entrevista para Rádio Juazeiro FM, nesta quarta-feira (27).
Na ocasião, o petista ainda provocou os opositores e cobrou a investigação em contratos da Prefeitura de Salvador, que na época era administrada pelo agora pré-candidato ao Governo do Estado ACM Neto.
”Tem que apurar também os contratos feitos pelas prefeituras, como a de Salvador e outras que pagaram quase o dobro do que o estado pagou em contratos de prestação de serviços. Não tenho problema nenhum com isso. Vamos ver quem eram os fornecedores, quem prestava serviço para a prefeitura de Salvador, na época do ex-prefeito. Quanto mais apuração e transparência para mim é melhor. Se eles toparem eu topo. Vamos apurar quem montou aquele hospital de campanha na Avenida Paralela. A Câmara de Vereadores também pode apurar isso. Quem não deve não teme. Se eles quiserem vamos apurar tudo isso”, disparou Rui.
Em dezembro do 2020, o Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito para apurar supostas irregularidades na gestão de serviços de saúde no Hospital de Campanha montado no Wet, para atendimento exclusivo aos acometidos pela Covid-19. O contrato foi celebrado entre a prefeitura de Salvador e Associação Saúde em Movimento (ASM). A unidade hospitalar encerrou as atividades no mês de novembro daquele ano (lembre aqui).Com informações do site Bahia Notícias