Depois que a Justiça determinou a interdição do Presídio Advogado Nilton Gonçalves, em Vitória da Conquista, onze dos presos que estão por lá, à disposição da Justiça, aguardarão julgamento no Conjunto Penal de Jequié. A informação é do delegado chefe da 10ª Coordenadoria de Polícia do Interior (COORPIN), Odilson Pereira, que confirmou nesta quinta-feira (23) a transferência de presos para Jequié. No relatório do defensor público Marco Aurélio Campos, da 2ª Regional, responsável pela ação que pede a interdição do Presídio, foram apresentadas as condições degradantes e desumanas dos custodiados em Conquista. No documento, a Defensoria relata que os presos são mantidos em celas superlotadas, sem a menor condição de higiene, salubridade, ventilação e segurança, descumprindo a Lei de Execução Penal. O defensor relata ainda que a precariedade das instalações do presídio propiciam o tráfico de drogas e armas no interior do estabelecimento, o que aumenta ainda mais o risco de rebeliões e fugas. Mas, enquanto isso, Jequié é quem paga o parto. A bomba sobrou para a Cidade Sol, onde os moradores já vivem temerosos com a desenfreada onda de violência, com assaltos e assassinatos sendo registrados quase que rotineiramente. Se a coisa não está boa por lá, pior cá. Atualmente, o número de presos no Conjunto Penal de Jequié, que tem capacidade para 400 internos, é de cerca de 600.
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