Acusado que Gilmar Mendes soltou, Rogério Onofre, se entrega à polícia no Rio de Janeiro

Rogério Onofre vai se entregar. Foto: Reprodução/Estadão

Rodoviários do Rio (Detro-RJ) Rogério Onofre vai se entregar. Ele é considerado foragido. Após ser colocado em liberdade pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Rogério Onofre foi alvo de um novo mandado de prisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal, do Rio, na Operação Ponto Final – desdobramento da Lava Jato que cercou a cúpula do Transporte no Rio. O ex-presidente do Detro foi preso em 3 de julho e libertado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, na terça-feira, 22. No dia seguinte, a Procuradoria da República, no Rio, pediu novamente a prisão por ‘ameaça de morte’. Segundo o defensor, Onofre ‘se sentiu inseguro após sair da cadeia’. Após ser beneficiado pelo habeas corpus concedido por Gilmar, o ex-presidente do Detro havia indicado sua casa, em Paraíba do Sul, no sul do estado do Rio, como endereço domiciliar. As medidas restritivas impostas pelo STF previam que ele deveria ficar lá à noite e nos finais de semana. Nesta sexta, porém, não foi encontrado no endereço. O novo pedido de prisão apresentado pelo Ministério Público Federal aponta que Onofre teria ameaçado a vida ‘de outros dois investigados e de suas famílias’. A defesa de um deles entregou aos investigadores uma mensagem e um áudio, que continha a ameaça de Onofre – supostamente feita antes de o ex-presidente do Detro ser preso. “Vê se você me arruma o meu dinheiro aí, dá um jeito, vocês não estão dando solução de nada, vocês não estão conversando, vocês têm imóveis aí não dão nada, vocês não se…. Vocês devem estar agora…O que vocês devem estar fazendo?”, diz o áudio. “Vocês ainda não foram…morreram… porque eu quero receber, mermão. Agora eu tô percebendo que vocês não vão pagar mesmo, aí então… nós vamos resolver isso de… foda-se! Pelo menos eu esqueço essa merda aí.” Ao responder a Bretas, o ministro Gilmar Mendes afirmou que ‘é evidente’ que a decisão tomada por Bretas ‘estará sujeita aos trâmites recursais, a fim de verificar eventual ocorrência de ilegalidade’. As informações são do Estadão