ACM Neto minimiza polêmica sobre PMs trabalhar em festa da Skol pagos pelo governo estadual

Neto recorreu a Rui sobre PMs. Foto: Valter Pontes
Neto recorreu a Rui sobre PMs em festa. Foto: Valter Pontes

O prefeito de Salvador, ACM Neto, preferiu minimizar a polêmica entre Prefeitura e governo estadual em torno do policiamento para a festa que será realizada pela Skol na terça-feira (21), um dia antes da abertura oficial do Carnaval de Salvador. De acordo com Neto, a questão foi resolvida com base no ”diálogo” e não criou nenhum tipo de desgaste com o governador Rui Costa, apesar de soar mal na imprensa. ”Eu dialoguei ontem com o governador e o secretário de Segurança Pública. Estávamos tendo todo o cuidado para não divulgar antes de ter tudo acertado com a área de segurança pública. Nosso objetivo é harmonia completa com a polícia. Sem a polícia, o Carnaval não existe. Combinamos de a polícia dimensionar quantos homens ela vai precisar ter aqui na terça-feira, no Farol da Barra. O patrocinador vai pagar a taxa para ter a presença dos policiais na festa. Eu acho que o assunto está perfeitamente superado”, afirmou em entrevista coletiva, durante a divulgação das atrações do evento, que contará com shows de Léo Santana, Timbalada e Saulo, entre outros, segundo o site Bahia Notícias. Já o governador Rui Costa, afirmou que não se pode mudar o planejamento do Carnaval, feito com antecedência, a menos de duas semanas dos festejos. ”Imagine fazer a logística para 22 mil homens. Isso é um processo longo de logística. Você chega a apenas alguns dias e diz aos homens: mudou tudo. Não é assim. Estamos lidando com pais e mães de família, que têm sua vida organizada, descanso organizado. Não pode, em todo Carnaval, a poucos dias, mudar o planejamento. Para não ter esse tipo de desentendimento, basta não ter alteração daquilo que foi planejado”, disse Rui, em alusão a um desentendimento semelhante ocorrido entre a Secretaria de Segurança Pública – SSP e Prefeitura da capital no no Carnaval do ano passado. Rui sugeriu que a cervejaria pague aos policiais. ”Já que a iniciativa privada participa da remuneração do Carnaval, ela poderia remunerar esse serviço. A festa não é do Carnaval, é da empresa que patrocina o Carnaval. Se a festa é privada, temos uma lei que diz que deve pagar o Fundo de Segurança Pública. A prefeitura tem anunciado que, nos últimos dois anos, tem tido recursos para cobrir o Carnaval. No Estado não tem. O dinheiro não sai do meu bolso, sai do seu, do nosso, do povo que brinca e não brinca de Carnaval”,sugeriu.