O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), refutou a tese de que a disputa para presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) seja uma batalha direta entre ele, que apoia o gestor de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro (PDT), e o governador Rui Costa (PT), que está com Eures Ribeiro (PSD), de Bom Jesus da Lapa. No entendimento do democrata, a votação desta quarta-feira (25) não antecipa o cenário da próxima eleição estadual. ”Não de jeito nenhum, pelo amor de Deus. Eu acho que vou ter que me cansar de repetir que 2018 só vai ser tratado em 2018, por favor. A disputa é entre prefeitos. Não é entre político A ou B”, afirmou, segundo o site bahia.ba, na sua chegada à sede da entidade, no Centro Administrativo (CAB). Sob o argumento de que Luciano foi o postulante que o procurou e apresentou uma ”proposta mais plural” e uma ”mensagem suprapartidária”, o gestor soteropolitano alfinetou os apoiadores de Eures, que tentariam vender a tese de disputa entre Rui e Neto. ”Inevitavelmente eu teria que tomar uma posição nesta eleição porque sou prefeito, porque voto e acho que somente os prefeitos devem se posicionar, mas na medida em que a base do governo se articula dessa forma, até me sinto lisonjeado, porque os nossos partidos têm minoria”, disse, ao admitir o favoritismo do aspirante do PSD. ”Em tese, a obrigação de ganhar qualquer eleição, com a maioria numérica que existe, é dos partidos da base do governo. Se eles do lado de lá cometem o grande equívoco de querer politizar ou partidarizar esta eleição, eu não faço. Eu não vou cair nessa armadilha porque isso, na verdade, só faz me fortalecer, porque eu sou prefeito de uma das 417 cidades baianas. Ou seja, eu aqui tenho um voto, que é o meu voto”, justificou.
