Sem citar o nome do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mandou uma indireta para Cunha nesta sexta-feira (23/10), durante entrevista coletiva à imprensa. ”Não adianta esconder bens fora do Brasil porque a cooperação internacional intensa permite identificar e recuperar esses valores”, afirmou o PGR. “Fica também um recado muito claro para as pessoas que cometem ilícitos. É que se o crime hoje é um crime organizado e que muitas vezes não respeita fronteiras, as decisões judiciais valem também além das fronteiras dos respectivos países nacionais”completou. Janot usou o exemplo da extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e ressaltou que as decisões da Justiça brasileira valem além das fronteiras do País, seja para os que fogem para evitar o cumprimento de penas, seja para aqueles que escondem dinheiro e bens de valor no exterior e que não adianta fugir das decisões da Justiça brasileira.