Relatório enviado pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) implica o deputado Mário Negromonte Júnior (PP) nas investigações da Operação Lava Jato, de acordo com informações do colunista Jairo Costa Júnior, do jornal Correio. O documento, assinado pelo delegado da PF Josélio Azevedo de Souza, reproduz trecho de delação premiada em que o doleiro Alberto Youssef detalha repasses de propina para a campanha do parlamentar em 2010, quando ele conquistou uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Segundo o jornal, Youssef afirmou que os R$ 85 mil doados a Negromonte Júnior pela Jaraguá Equipamentos, uma das empresas investigadas pelos desvios nas Petrobras, foram resultado de um “acerto” com o pai do deputado, o ex-ministro das Cidades Mario Negromonte, conselheiro da Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e também alvo da Lava Jato. O doleiro disse à PF que viabilizou doações de campanha para Negromonte Júnior através de repasses feito ao Diretório Estadual do PP. De acordo com a PF, a delação de Alberto Youssef respinga ainda sobre a filha de Mário Negromonte. O doleiro disse aos investigadores da Lava Jato que pagou com recursos desviados do esquema da Petrobras os móveis para o apartamento alugado por Daniela Negromonte no Itaim Bibi, bairro de classe média alta em São Paulo. Segundo Youssef, o mimo foi bancado a pedido de Negromonte. Ainda de acordo com o colunista, os indícios apontados pela PF no relatório de 220 páginas levaram o delegado Josélio Azevedo a pedir autorização ao Supremo para interrogar filhos do ex-ministro. Em declarações à imprensa na sexta-feira (11), o deputado Mário Negromonte Júnior afirmou que seu pai nunca lhe procurou para discutir nomes de empresas que financiaram sua campanha e que as doações foram articuladas pela cúpula do PP. Nota do Bocão News