O senador Walter Pinheiro (PT) aos poucos retoma suas conversas com a imprensa baiana, após um longo período de hibernação com os jornalistas que cobrem política, sedentos em compartilhar com os eleitores baianos os pensamentos do político. Desta vez, o quase ex-petista conversou com a coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde. O senador confirmou o que a imprensa baiana relevou no início da semana. Existe diálogo com o PDT para a sua possível entrada no partido, após pedir desfiliação do PT. “Eu disse a [Carlos] Lupi que primeiro ele resolva a pendenga do PDT na Bahia”, disse, ao se referir à disputa entre o atual presidente, deputado Félix Mendonça Jr., e o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo, ainda no PDT, mas com o anúncio já feito de que irá para o PL após a sua criação. O chefe do Legislativo baiano montou uma força tarefa para colher assinaturas de eleitores baianos simpatizantes à refundação do Partido Liberal. Com a “pendenga” praticamente já resolvida dentro do PDT, Pinheiro já pode carimbar seu passaporte e se filiar à sigla. O próprio presidente Félix Mendonça Jr., em entrevista recente ao jornal Tribuna da Bahia, já garantiu que, em uma eventual filiação do senador, ele seria o nome do PDT para integrar uma das duas vagas na chapa majoritária na disputa pelo Senado em 2018. Pinheiro, que completará oito anos como senador e deve disputar a reeleição, poderá divir o mesmo palanque com Geddel Vieira Lima (PMDB), possível candidato à outra vaga do Senado, e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), principal nome da oposição ao governo petista e que deve disputar o comando do Estado com Rui Costa (PT).